Os votos ainda estão a ser contados nas eleições regionais da Sicília, mas o líder nacional do Partido Democrático, Pier Luigi Bersano, já descreveu o resultado como “histórico”.
Com os boletins contados em 3400 dos 5300 centros de voto, o candidato da lista que junta o PD aos centristas democratas-cristãos da UdC, Rosario Crocetta, reúne 31,1% dos votos, seguido do candidato do Povo da Liberdade, de Silvio Berlusconi, Nello Musumeci, com 24,9%.
Em terceiro, com 18,5% dos votos, surge Giancarlo Cancelleri, candidato do Movimento 5 Estrelas, do comediante Beppe Grillo, que se empenhou directamente na campanha de 17 dias, percorrendo a ilha em comícios sucessivos.
As sondagens antecipavam um duelo renhido entre o PD e o PdL, prevendo ligeira vantagem para o homem do partido de Berlusconi.
A confirmarem-se, estes resultados são sem dúvida surpreendentes. Não só a ilha é um bastião tradicional da direita, como o candidato do centro-esquerda, Rosario Crocetta, tem um perfil pouco típico: é conhecido pelo seu envolvimento na luta contra a máfia, razão pela qual conta com escolta policial permanente.
Estas eleições acontecem um ano antes do fim da legislatura e seguem-se à demissão, a 31 de Julho, do anterior presidente da região, Raffaele Lombardo, quando se soube que o governo não tinha dinheiro para pagar as suas contas.
A situação de Lombardo já se tinha complicado em Março, quando se soube que tinha sido investigado por suspeitas de colaboração com a máfia siciliana, a Cosa Nostra.
cm.pt