“Operação das tropas governamentais sírias na cidade de Boukamal [último bastião dos jihadistas na Síria] com cobertura aérea da força aérea russa, no final da semana passada, revelou factos de cooperação direta e apoio aos terroristas do Estado Islâmico pela coligação internacional dirigida pelos Estados Unidos”, afirmou o Ministério da Defesa russo num comunicado.
A Rússia acusa os Estados Unidos de terem permitido a unidades terroristas que fugiam de Boukamal reagrupar-se e rearmar-se nos territórios controlados pela coligação na fronteira sírio-iraquiana, para contra-atacarem as forças do regime.
“Imagens recolhidas por aviões não-tripulados russos a 09 de novembro mostram colunas quilométricas de milícias armadas do Estado Islâmico a fugir de Boukamal para a fronteira”, afirmou.
Segundo Moscovo, o comando militar russo propôs à coligação o lançamento de ações conjuntas para bombardear os ‘jihadistas’, mas os norte-americanos recusaram, com o argumento de que aqueles se estavam a render e estavam por isso protegidos pela Convenção de Genebra.
“Como se não bastasse, a aviação da coligação interferiu com voos de aviões russos na zona para facilitar a retirada segura dos combatentes do Estado Islâmico”, acrescentou.
Para a Rússia, estes eventos constituem “prova irrefutável” de que os Estados Unidos, que afirmam combater o terrorismo sem tréguas, “na realidade dão cobertura ativa ao Estados Islâmico” para servir “os interesses norte-americanos no Médio Oriente”.