Em meio às crescentes demandas por melhores condições laborais, o Sindicato Nacional dos Professores (Sindep) anunciou que não se unirá à manifestação convocada para amanhã. O presidente do Sindep, Jorge Cardoso, levantou dúvidas quanto à legitimidade do grupo de professores por trás da iniciativa, apesar do mérito das reivindicações.
Cardoso explicou que os promotores da manifestação falharam ao não informar o Sindep sobre a ação de protesto e enfatizou a importância da coordenação prévia na organização de mobilizações laborais e declarou que o Sindep não participará da manifestação organizada pelo grupo dissidente, apoiado pelo Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof) e pelo Sindicato dos Professores e de Santiago (Siprofis).
“Descobri que se trata de uma luta de apenas dois professores e aí questionamos até que ponto estão legitimados para conduzir esse movimento. Considero até um absurdo afirmar que os sindicatos estão à frente dessa luta, porque é responsabilidade dos sindicatos convocar e comunicar manifestações e greves”, argumentou.
No entanto, Jorge Cardoso reiterou a realização da manifestação programada pelo Sindep para o dia 4 de novembro em prol da dignidade da classe.
“É preciso tempo, esforço e recursos disponíveis para qualquer luta da classe… Acreditamos que, enquanto organização sindical e sendo a maior representante da classe, devemos ter um acordo prévio para a realização dessas mobilizações. Portanto, o Sindep não marcará presença”, concluiu.
O Siprofis e Sindprof apelaram esta terça-feira a uma participação massiva dos professores na marcha pacífica que terá lugar esta quarta-feira, 18, com concentração nas praças emblemáticas de cada concelho do país, a partir das 09:00.
RCV/Inforpress