Membro do movimento Sokols 2017, Carlos Feliciano diz que com a construção de um hotel, o espaço perde o valor histórico, deixa de ser público, passa a ser privado e deixa de ser um ponto de atração turística.
O que iria acontecer, segundo este ativista, que garantiu aos jornalistas, que o local estava para fazer parte de um roteiro turístico traduzido em inglês de forma a fazer com que turistas ingleses visitam algo que contém os seus traços e que iria atrair milhares de turistas.
“Precisamos de hotéis no país, mas porque decapitar aquilo que pode trazer dividendo económico. Sem argumento para ser demolido, o que faltou foi visão económica para fazer com que o local seja um ponto de atração turística”, afirma Carlos Feliciano.
A publicação de 1984 com o título” Linhas Gerais Da história do Desenvolvimento Urbano da Cidade do Mindelo”, que faz um levantamento dos edifícios históricos do Mindelo, nunca refere o mais que abandonado Consulado Inglês, como algo com interesse histórico a preservar. Em contrapartida refere vários edifícios que foram construídos por famílias ou empresas inglesas, como algo de interesse histórico. Passando ao caso em questão, lembro-me que a construção do hotel no local foi anunciada há mais de um ano (creio que em Maio de 2016) sem qualquer protesto de ninguém. Mas há gente que só sabe protestar e nada fazer e, muitas vezes, o seu protesto decorre de crenças ou de interesses de família.. Neste caso o autoproclamado movimento “Sokols 2017” é apenas um instrumento de Salvador Mascarenhas, pois a família gosta de invocar a sua costela de sangue azul inglês e, embora nunca até agora, tenha ligado nenhuma ao consulado, achou que os seus pergaminhos nobiliárquicos estavam sendo postos em causa. O problema é que alguns palermas alinham no discurso do jovem caudilho.