Guarda Costeira/30 Anos: Comandante propõe aquisição de drones para “acrescentar valor e capacidade” de detenção

12/10/2023 12:35 - Modificado em 12/10/2023 12:35

O comandante da Guarda Costeira sugeriu hoje a aquisição pelas Forças Armadas de aparelhos drones como meios de detenção, capazes de “melhorar a consciência situacional marítima” e com “menos custos”.

Capitão-do-mar Armindo Graça falava no acto central das comemorações do 30º. aniversário da Guarda Costeira, em São Vicente, na presença da ministra de tutela, Janine Lélis.

Reconhecendo embora, como disse, a dimensão dos constrangimentos financeiros do arquipélago, mesmo assim fez a proposta por se tratar de um equipamento, aludiu, que pode acrescentar “muito valor e capacidade” à Guarda Costeira, em vários sectores de operação.

A mesma fonte nomeou, na ocasião, o patrulhamento marítimo, a fiscalização, a busca e salvamento, o acompanhamento de embarcações alvos ou suspeitos e o apoio na condução de missões de apreensão de drogas, entre outras.

Mas, também, prosseguiu, os drones desempenham “um papel fundamental” na optimização dos recursos, ou seja, reduzem os custos de operação e dos meios.

Contudo, assinalou, a Guarda Costeira “quer sempre mais e melhor”, mas reconhece o esforço que tem sido feito para que, por exemplo, os navios deste ramo das Forças Armadas fiquem operacionais.

Neste sentido, recordou a existência de um estudo para a operacionalização dos meios navais da guarda, feita por uma equipa composta por militares da Guarda Costeira, o qual elenca todas as avarias existentes, trabalhos realizados e os por realizar, para que os meios continuem operacionais, mas também a quantificação desses trabalhos, priorizando os meios que fazem mais falta para o cumprimento das missões.

“Espero que a breve trecho possamos ter os meios navais operacionais para servir Cabo Verde no mar”, concretizou o comandante.

A mesma fonte considerou ainda que o balanço das actividades do ano 2022 “é bom”, mas que poderia ser melhor, atendendo às circunstâncias, e se as condições operacionais estivessem criadas.

Na mesma ocasião, a ministra da Defesa Nacional mencionou a chegada em 2024 de um meio aéreo e a segurança cooperativa, através de “acordos importantes” para dar resposta às necessidades de capacitação e formação dos militares e quadros cabo-verdianos, em especial para a manutenção dos equipamentos navais.

Neste sentido, enumerou, 22 militares da Guarda Costeira receberam formação em 2022 e para este ano estão contemplados 25, no âmbito da cooperação técnico-militar com países amigos, a capacitação de dois pilotos e um técnico para a operar a nova aeronave, encontrando-se neste momento em formação dois pilotos e dois técnicos de manutenção para receber o novo aparelho.

Também foi possível, segundo a mesma fonte, reforçar a Guarda Costeira com mais duas embarcações de patrulha da série Defiant 38, frutos da cooperação bilateral com os Estados Unidos da América, que também já garantiram, para o próximo ano, o apoio orçamental com vista à reparação do Navio Guardião.

Para 2024, prevê-se receber, no âmbito do memorando de entendimento assinado com o Instituto Camões, mais duas embarcações semirrígidas, bem como equipamento para o reforço da capacidade de actuação nas missões de busca e salvamento, fiscalização e patrulhamento marítimo, nas águas interiores.

A celebração do 30º aniversário da Guarda Costeira foi também ocasião para o reconhecimento de parceiros e parcerias, tendo a Enapor, Portos de Cabo Verde, a empresa nacional de Aeroportos e Segurança Aérea (ASA) e o empresário Augusto Vasconcelos Lopes sido condecorados com a Medalha de Serviços Relevantes de 1ª Classe.

Da mesma forma, o Governo condecorou a Guarda Costeira com a atribuição da Medalha de Estrela de Honra das Forças Armadas de 1ª Classe.

Foram ainda distinguidos militares e um grupo de entidades, empresas e cidadãos com diplomas de reconhecimento pelos serviços relevantes à instituição castrense.

A Guarda Costeira é a componente das Forças Armadas destinada à defesa e protecção dos interesses económicos do País no mar sob jurisdição nacional e ao apoio aéreo e naval às operações terrestres e anfíbias, de acordo com as suas missões específicas.

Tem como missões-chave o patrulhamento, fiscalização, vigilância e protecção dos mares nacionais, bem como apoiar em caso de busca e salvamento.

O seu patrono é o falecido comandante Eduardo Silva Santos, mais conhecido como Tchifon, Combatente da Liberdade da Pátria, cuja data de nascimento, 11 de Outubro, é celebrada como o dia da Guarda Costeira.

AA/CP

Inforpress/Fim

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