O conflito entre Israel e o Hamas atingiu níveis sem precedentes após o ataque do último fim de semana ao território israelita e não há luz e o fim do túnel para a população local. Há décadas que assistem impotentes aos falhanços políticos e diplomáticos e os especialistas consideram que é extremamente difícil encontrar uma solução para estabilizar a região a curto prazo.
As comunidades agrícolas judaicas dos kibutz, localizadas na fronteira da Faixa de Gaza, foram as primeiras atacadas pelo Hamas. O grupo terrorista matou residentes e fez reféns antes de entrar em combates intensos com o exército israelita.
Os sobreviventes estão agora abrigados em locais mais seguros, e fazem relatos atrradores do ataque.
Este morador do kibutz Far Aza, que está agora abrigado no kibutz Shefayim, conta: “Eles entravam em todas as casas, em todas as divisões, em todos os lugares. Àqueles que não conseguiam assassinar, queimavam-lhes as casas com eles dentro, para morrerem. Dispararam sobre crianças, bebés, idosos, qualquer um. Ninguém estava a salvo. A primeira vítima foi uma mulher de 90 anos que estava sentada na varanda. Ela viu-os chegar e levou um tiro”.
Outro relata: “Acho que ficámos neste quarto do pânico por mais de 30 horas. Eles quebraram as janelas e começaram a atirar para todos os lados. Acho que em dado momento dispararam contra a porta do quarto do pânico.”
Centenas de civis foram mortos. O número final ainda não foi calculado. O exército israelita continua a remover destroços e a recolher os corpos.
Ainda não se sabe quantos reféns foram feitos. Representantes do Hamas disseram à agência russa, RIA, que nem eles são capazes de fornecer os números e as nacionalidades dos reféns.
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