Mundial/Basquetebol: “Governo não tem dívida para com os jogadores que representaram de forma brilhante o País” – ministro

10/10/2023 15:44 - Modificado em 10/10/2023 15:44
@ FIBA

O ministro do Desporto esclareceu hoje que o Governo “não tem qualquer dívida” para com os jogadores que estiveram no Mundial de Basquetebol ou com a federação e que os prémios de qualificação estão estabelecidos num diploma legal.

Abordado pela imprensa, quanto ao protesto dos basquetebolistas, Carlos Monteiro afiançou que o Instituto do Desporto e da Juventude (IDJ) tem estado a trabalhar com a Federação Cabo-verdiana de Basquetebol (FCB) para perceber as contas do momento, afiançado que dos 40 mil contos prometidos à federação, 30 mil já foram logo mobilizados e entregues.

“O remanescente está a ser, agora, analisado com a FCB para perceber o quê que falta cobrir dentro deste plafom e penso que será uma questão de dias para resolver”, realçou, sublinhando que o Governo não define prémios por qualificação ou ajuda de custos, mas sim a federação nacional da modalidade.

“Os prémios não dependem de promessa de ministro nenhum, de promessa do primeiro-ministro nenhum. Os resultados é que levam ao pagamento destes prémios”, clarificou, salientando que o IDJ está a trabalhar serenamente com a federação, deixando claro que não existe um contrato com os credores.

“A selecção de basquetebol participou em várias fases de qualificação para o Mundial, todas financiadas pelo Estado de Cabo Verde, através do Governo, cinco janelas de qualificação até ir ao Mundial (…) fomos ao Mundial, graças a Deus,  com um orçamento ambicioso, preparação digna, definida pela federação e o Governo achou por bem permitir que ela fosse feita também na sua plenitude”, explicou Carlos Monteiro.

Torneio em Itália, estágio em Espanha, momentos com a comunidade cabo-verdiana nos EUA, seguida da estadia no Japão foram numerados pelo governante, saídas cobertas por orçamento público, pelo que considera o desagrado dos jogadores, demonstrado numa carta tornada pública, como protesto normal, desde que lhes tenham sido prometidos ajudas de custos ou prémios de jogo.

Carlos Monteiro enalteceu a “forma brilhante como a selecção esteve brilhante no Mundial, conseguindo um feito histórico para Cabo Verde e com uma vitória [ante Venezuela]”, alegando que se deve celebrar o êxito em vez de se estar à procura de polémica.

Nesta linha de acção, acusou inclusive os jornalistas “de não questionar quem às vezes questiona o Governo por aquilo que é factual”, ressaltando que o financiamento é transparente.

Certo é que os jogadores da selecção cabo-verdiana masculina de basquetebol, que representaram o País no Mundial, denunciaram o que consideram ser “falta de respeito do Governo” no incumprimento dos compromissos assumidos, face ao não desbloqueio total das verbas assumidas para as despesas básicas”.

“Em nome de todos os 15 atletas que estiveram presentes no mundial da FIBA 2023, dizemos BASTA e pedimos respeito pelo nosso trabalho e pela nossa entrega. Merecíamos mais respeito e valorização”, escreveram os basquetebolistas, em comunicado de imprensa, a que a Inforpress teve acesso.

Reclamaram “o custo das passagens de regresso do Japão que ronda os 6 mil contos e os prémios e ajudas de custos previstos para todos os atletas que totalizam também cerca de 6 mil contos” e esclarecem que “este montante já devia ser pago à Federação desde maio ou junho “.

Inforpress

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