Moscovo também informou que a conversa telefónica entre os dois representantes aconteceu “por iniciativa” do lado americano.
Os Estados Unidos fizeram hoje um ultimato a Moscovo para encerrar até sábado o consulado-geral russo na cidade californiana de San Francisco, em resposta à redução significativa do pessoal das representações diplomáticas americanas na Rússia.
A administração norte-americana também ordenou uma diminuição dos serviços consulares das representações diplomáticas russas em Washington e em Nova Iorque.
Num comunicado divulgado hoje, o Departamento de Estado norte-americano indicou que esta medida é uma resposta à decisão do Kremlin (Presidência russa) que determinou uma redução significativa da equipa diplomática norte-americana destacada no território russo.
A diplomacia norte-americana referiu, na mesma nota informativa, que a medida de hoje pretende “acabar com um círculo vicioso” que continua a deteriorar as relações entre os Estados Unidos e a Rússia.
Esta decisão de Washington surge em resposta a uma ordem do Presidente russo, Vladimir Putin, que forçou em finais de julho a redução do pessoal que trabalha na embaixada americana em Moscovo e nos consulados na Rússia, em retaliação às novas sanções económicas decididas pelo Congresso norte-americano.
De acordo com a ordem do Kremlin, Washington teve que reduzir o pessoal da embaixada e dos consulados de 755 pessoas para 455, o nível da representação russa nos Estados Unidos. A redução terá de ser concluída até sexta-feira.
No início de agosto, os Estados Unidos também tiveram de abandonar dois edifícios diplomáticos situados nos subúrbios da capital russa, cuja posse foi suspensa pelo Kremlin.
Em dezembro de 2016, ainda na administração do Presidente Barack Obama (democrata), os Estados Unidos anunciaram a expulsão de 35 diplomatas russos e o encerramento de dois edifícios associados à representação russa, localizados em Nova Iorque e Maryland, pela alegada interferência de Moscovo nas eleições presidenciais norte-americanas realizadas nesse mesmo ano.
Na altura, Moscovo prometeu uma resposta e declarou como ‘persona non grata’ 35 diplomatas americanos e também interditou a utilização de dois edifícios.