UCID insta o governo a alocar 20% no Orçamento de Estado 2024 para a educação

3/10/2023 14:50 - Modificado em 3/10/2023 14:50

A União Cabo Verdiana Independente e Democrática (UCID), desafiou o governo a alocar 20% no Orçamento de Estado 2024 para a educação, justificando que é preciso investir mais na educação para ter um país mais desenvolvido. 

As declarações foram feitas pela deputada nacional, pelo círculo de São Vicente, Zilda Oliveira, durante a antevisão da primeira sessão do mês de Outubro que será marcado pelo debate com o ministro da Educação, Amadeu Cruz.

A deputada alegou que se Cabo Verde, quer aproximar a qualidade da sua educação ao nível dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, precisa aumentar o montante na educação, lembrando que no OE de 2023 foi de 15%.

 Defende ainda, que para isso, além das infraestruturas, é preciso  começar pela valorização efectiva da classe docente. “Persistem as pendências, o não pagamento de horas extras e dos subsídios de não redução de carga horária, o não enquadramento dos diretores de agrupamentos, ainda as reclassificações, promoções e progressões, tudo em atraso”, elencou Zilda Oliveira.

A deputada reconhece os desafios na educação e como sendo um pilar central da nossa sociedade, contudo exige uma atenção cuidadosa. Para Zilda Oliveira o governo tem feito uma narrativa diferente, daquilo que são as suas acções. E cita a reforma da educação, que diz,  iniciou sem programas, sem manuais, sem sistema de avaliação, para depois serem elaborados durante a implementação da reforma.

Sendo uma das bases da educação, Zilda Oliveira, aponta o dedo ao governo por deixar de lado  o pré-escolar de reforma, e questiona para quando a sua incorporação efetiva Ministério da Educação, obrigatoriedade e a consequente valorização dos monitores e educadores de infância.

A deputada nacional, ressaltou ainda a passagem automática do primeiro ano e um acúmulo de repetência no quarto, sexto e oitavo ano com maiores expressões no ano lectivo transacto, 22/23, relativo ao quarto e oitavo ano.

Em relação às taxas de reprovação, diz que não houve melhorias e que estas mantiveram-se a nível dos 15% em algumas ilhas e conselhos e outros acima dos 17%, entretanto, real;ou,  houve um aumento da taxa de abandono escolar, quer no básico como no secundário.

Zilda Oliveira, diz que a reforma visa reforçar competências no domínio das línguas  matemáticas, ciências e tecnologias, contudo constata-se uma redução das cargas horárias nestas disciplinas. Um défice das sala de informática, computadores para ministrar as aulas de TIC.

“Fala-se em inclusão, mas não existem recursos materiais e humanos básicos, como sem professores auxiliares e especialistas para crianças com necessidades especiais.”, atirou.

Nisto, desafia o governo a rever as suas políticas de reforma da educação, como a gestão da carreira dos professores universitários, bem como a falta de investigação académica, além de vários pontos que serão levados ao Parlamento, que arranca esta quarta-feira, 04 de outubro.

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