Participação de São Vicente no nacional de desporto paralímpico 2023 em risco por falta de apoios

30/09/2023 13:33 - Modificado em 30/09/2023 14:29

A falta de apoios é um dos maiores condicionantes da Associação Regional do Desporto Adaptado de São Vicente, na participação do 11º Campeonato Nacional do Desporto Paralímpico 2023 (CANADEP). São 14 atletas que estão em risco de participar na prova por falta de apoios, que são escassos, conforme a associação.

Helder Pio, presidente da ARDA-SV, diz que foram entregues cerca de 20 cartas de pedido de apoio, sendo que apenas quatro foram respondidas e as restantes continuam sem resposta. Da Câmara Municipal de São Vicente, diz, nenhuma resposta. E caso as dificuldades persistirem, podem ficar de fora da competição, visto que os atletas não conseguem comparticipar dos seus próprios bolsos.

Diz que o objetivo da associação, caso consigam os apoios, é trazer para casa mais um nacional, em todas as deficiências disputadas. “O segredo é que somos unidos e fortes e pretendemos manter este espírito”.

José Carlos, membro da direção da ARDA, diz que apesar das dificuldades, o amor ao desporto é que tem mantido esta teimosia e pedem ajuda à população, para levar mais uma vez o nome de São Vicente ao mais alto nível nacional.

A prova envolve atletas com diferentes níveis de deficiência física, que querem trazer para casa o título de campeão nacional pela quarta vez consecutiva.

Rosimery Fonseca, que fez a sua estreia este ano no regional de atletismo 100 e 200m, na categoria invisual T12, diz que a individualmente está focada no objetivo e enquanto grupo, querem trazer para casa o máximo de medalhas, para que possam, assim, revalidar o título nacional.

Modalidade atletismo 100 e 200m

“Acredito que estamos bem capacitados numa boa prestação, aliás, o histórico confirma isso. Só precisamos continuar empenhados, fazer o nosso trabalho e no final fazer as contas”, referiu a atleta, que por outro lado, mostra-se desapontada com a possibilidade da ilha ficar de fora da competição, por falta de apoio financeiros.

“Sabemos que a associação tem feito um esforço tremendo em conseguir, os apoios necessários para às passagens e alojamento e nós também temos feito a nossa parte, mas se no final, não conseguirmos ir por falta de financiamento é chocante”, apontou Rosemery Fonseca, que realçou o facto de São Vicente ter atletas internacionais, mas que em casa, não têm o mínimo apoio.

O décimo campeonato nacional de desporto paraolímpico, envolve atletas das modalidades individuais e coletivas, e vai ser disputado nas modalidades de atletismo, salto, arremesso de pesos, vôlei e basquetebol em cadeiras de rodas, levantamento de peso, e demonstração de ténis virado para pessoas com deficiência de membro superior.

O Canadep’2023, de acordo com a Fecada, tem como principais objetivos o intercâmbio desportivo entre os atletas com deficiência no País como meio de inclusão na sociedade e selecionar os atletas que vão representar Cabo Verde nas próximas competições internacionais.

Elvis Carvalho

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