Cerca de 100 mil crianças vivem por estes dias em risco na zona de Mossul, no Iraque, onde a forças iraquianas continuam a ofensiva contra o autoproclamado Estado Islâmico. A UNICEF alerta que vivem sob fogo cruzado e em condições “extremamente perigosas”.
Peter Hawkins, representante da UNICEF no Iraque, estima que 100 mil crianças continuam a viver em zonas controladas pelo autoproclamado Estado Islâmico, na zona de Mossul. Vivem em condições perigosas, no meio de fogo cruzado, e todos os dias têm que lutar pela vida.
A UNICEF diz que está a receber “informações alarmantes” de civis que estão a morrer, entre os quais crianças que são apanhadas no meio da troca de tiros com as forças iraquianas que tentam controlar Mossul.
O representante da UNICEF apela às partes envolvidas no conflito que “protejam as crianças e as coloquem em zonas seguras”.
“A vida das crianças está em risco”, disse Peter Hawkins. “Há crianças que estão a ser mortas, feridas ou que estão a ser utilizadas como escudos humanos. As crianças estão a viver e a testemunhar situações de violência terríveis, que nenhum ser humano devia alguma vez ver”.
Em alguns casos, acrescenta este responsável da UNICEF, as crianças estão a ser “forçadas a participar nos combates”.
E acrescenta: “Os ataques contra civis e infraestruturas civis, incluindo hospitais, postos de saúde, escolas, casas e sistemas de abastecimento de água devem parar imediatamente.”
O Iraque lançou uma grande operação militar em outubro do ano passado para recapturar a área de Mossul, a segunda maior cidade iraquiana. Desde então que os combates são intensos no local, com milhares de vítimas.
Fonte: RTP