Depois de cada um dizer o que lhe deu na cabeça sobre os dados relativos à economia e ao emprego, ficou uma grande confusão. E já estava a desistir de entender porque pese o aumento do PIB, entenda-se riqueza gerada, ter aumentado e o desemprego também ter aumentado, quando leio um post do Adalberto Silva, o nosso Betu, que sendo economista é poeta e que, por isso, entende de “cuzas d’ corazon” e também de cifrão, deu para começar a entender que a coisa tem a ver com a metodologia usada. È isso?
ES
O INE divulgou hoje os dados relativos à economia e ao emprego, revelando que, apesar de se registar um aumento do PIB de 3,9% em 2016 (mais de 3 vezes superior à taxa do ano anterior que era de 1,2%), o desemprego aumentou de 12,4% para 15%!
Estes dados parecem contraditórios, tanto para o senso comum como para a teoria económica (Lei de Okun), pois o aumento do nível de crescimento da economia deveria levar a uma diminuição do nível de desemprego!
Analisando os dados, verifica-se que o número de empregados aumentou de 15.240 unidades, bastante superior ao aumento do número de desempregados que foi de 9.356!
Porque aumentou então a taxa de desemprego? Porque o aumento da população activa (11%) foi mais expressivo do que o aumento do emprego (7,8%). E o aumento da população activa deveu-se essencialmente à mobilidade da população antes considerada inactiva.
Ou seja, segundo a metodologia usada, muita gente que antes não se considerava desempregada, porque não procurava activamente trabalho, passou a sê-lo porque se dispôs a procurar trabalho.
Ou seja, mudou-se a expectativa relativamente ao emprego.
Por que será?
Sei, mas não digo!
Adalberto Silva Betú
o que se mudou foi que as pessoas sentiram mais esperançadas na possibilidade de encontrar um emprego , estão acreditar cada vez mais que é possivel terem empregos, é um bom sinal, um sinal de confiança e de esperaça