A greve por tempo indeterminado dos estivadores do Cais da Praia está agendada para o dia 13 de Abril. Caso a reunião com a administração não surtir efeito os trabalhadores deverão avançar com a greve.
Após a manifestação no passado dia 01 de Abril, os estivadores do Cais da Praia prometem avançar com uma greve caso, a administração da Enapor continuar a insistir no novo modelo de trabalho e outros problemas pendentes há vários anos não forem resolvidos.
A administração da Enapor adoptou novo regime de trabalho “Diária” que passou a vigorar desde do mês de Abril. O novo modelo de trabalho não agradou aos estivadores que considera que ficaram lesados com o regime da chamada “diária”.
A indignação no seio dos trabalhadores do Porto da Praia é notável. Os entrevistados consideram-se prejudicados com o actual regime e exigem que a empresa volte atrás na sua decisão, sob pena de condicionar o trabalho recorrendo a uma greve por tempo indeterminado.
Contudo a Enapor agendou uma reunião com os trabalhadores para esta terça-feira no sentido de discutir o horário. Entretanto, o presidente do SIACSA- Sindicato da Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil, Agricultura e Serviços Afins, Gilberto Lima, garante já ter entregue o pré aviso de greve á Direcção-Geral do Trabalho.
Os trabalhadores do Porto da Praia esperam que a Direcção da Enapor volte atrás e restitua o horário que vigorou há mais de trinta anos.
São mais de sessenta trabalhadores que se mostram contra a medida da Enapor e que exigem resolver os problemas dos estivadores. Os trabalhadores reivindicam afixação de uma tabela de vencimento, subsídio de turno, de alimentação e de férias.
Segundo os entrevistados, o novo modelo é “uma forma de reduzir o orçamento” dos chefes de famílias que há vários anos trabalham neste Cais. O entrevistado João Tavares mostra se indignado com a posição da Enapor e afirma que a nova forma de trabalhar veio prejudicar os estivadores.
“Trabalhar em regime diário não é uma boa medida para os estivadores do Cais da Praia. Estamos acostumados a trabalhar neste sistema há mais de trinta anos e não podemos aceitar tal estratagema que só beneficia a Enapor e reduz o nosso vencimento”, realça.