O Projecto “Blimundo na Escola” nasce da iniciativa dos integrantes do Ex-Grupo de Teatro do Centro Cultural do Mindelo (GTCCM), e de elementos de outros grupos de teatro da ilha de São Vicente e vem no sentido de promover a realização do espectáculo teatral “Blimundo”. Entretanto, o grupo já fez duas apresentações nas escolas, duas sessões no Clube Ponta D’Pom e duas no Centro Cultural do Mindelo.
O projecto iniciou-se no mês de Fevereiro e vai até Maio. O grupo está a criar recursos e a procura de parceiros para que possam participar no festival SalEncena durante o mês de Junho e também deslocar para a ilha de Santo Antão.
De acordo com a coordenadora do projecto, Patrícia Silva, até ao momento conseguiram actuar apenas em duas escolas e, aponta a causa por não terem conseguido enquadrá-los nos seus planos de actividades.
Relativamente a experiência, Silva afirma que tem sido boa, uma vez que, “actuar nas escolas em espaços diferentes tem feito com que o espectáculo cresça e tem levado os atores a focarem na sua interpretação”, considera. “O fato de apresentarmos o espectáculo sem um palco, sem iluminação tem feito com que o espectáculo se adapte aos espaços e não o contrário”.
A ausência de parceiros institucionais nesta primeira edição do projecto tem feito com que o grupo se desdobre na criação artística e produção do espectáculo. O que cria, as vezes, alguns constrangimentos pois “a maioria dos membros desse projecto trabalham, estudam, têm família e, as vezes, temos que nos desdobrar com os ensaios e a parte da produção do projecto”, disse.
A intenção do grupo nesta primeira edição é chamar atenção das instituições com a divulgação do projecto “Blimundo nas Escolas” e, com isto, o grupo pretende continuar, pois pretendem realizar os espectáculos em todas as escolas das ilhas de São Vicente e quem sabe de Cabo Verde.
Para concluir, Patrícia Silva diz que o espectáculo tem tido um impacto positivo nas escolas.
“O espectáculo tem sido bem aceite. Tem tido um impacto excelente por parte das crianças, pois elas interagem connosco durante o espectáculo, cantam, participam e assumem personagens”, realça.
E acrescenta ainda que “os pais e os professores têm nos dado um feedback bastante positivo, o que para nós é muito gratificante pois objectivo é precisamente preservar este conto tradicional, através da oralidade e do hábito de contar histórias”.