Os doze arguidos envolvidos no caso de tráfico de droga denominado Operação Príncipe III estão a ser julgados num colectivo de juízes no Tribunal da Comarca da Praia. A audiência do julgamento teve inicio na manhã da passada quarta-feira, 08 com a audição dos arguidos.
Onze meses após a apreensão de 280 quilos de cocaína no Sul da ilha do Fogo, o Tribunal da Comarca da Praia deu início ao julgamento dos doze arguidos que depois da realização da Audiência Contraditória Preliminar, foram pronunciados a serem julgados.
Os arguidos estão a ser julgados num colectivo de juízes. Cinco dos arguidos estão em prisão preventiva, entre eles um cabo-verdiano, um russo e quatro brasileiros. O julgamento do caso Príncipe III acusa os arguidos de crime de Associação Criminosa e Tráfico Internacional de Droga.
A defesa dos arguidos está sob a responsabilidade dos advogados José Manuel Pinto Monteiro, Francisco Almeida, Félix Cardoso, José Henrique Freire de Andrade e José António Tavares.
Recorda-se que o navio de pesca brasileiro denominado Príncipe III, provinha do Brasil para fazer o transbordo de droga em águas cabo-verdianas, mas não terá chegado ao local combinado por falta de combustível. A droga era proveniente da América do Sul, passaria por Cabo Verde e, posteriormente, seria exportada para a Europa.
Na sequência da investigação, a Polícia Judiciária apreendeu 450 litros de combustível, armas e munições, telefones por satélite, 2 mil contos ECV, cerca de 4 mil dólares, 24 mil euros, além de vários documentos com relevância para a investigação criminal.
Se Cabo Verde não se encher de coragem e refazer o conceito jurídico CRIME ORGANIZADO jamais terá sucesso no combate a esse tipo de crime. Será sempre uma perda de tempo, energia, dinheiro e desgaste psíquico .