A prestação do Falcões do Norte na primeira volta do campeonato não correu de certeza ao gosto dos homens de Chã de Alecrim. É que ao fim de sete jogos conseguiram apenas um ponto, o que remete o clube para o último lugar da tabela classificativa, situação esta que o treinador Válter Lopes, “Nhá Cabra”, se mostra convicto de ultrapassar na segunda volta.
Válter Lopes ou modestamente Nhá Cabra, como é conhecido, está ao leme do Falcões do Norte há alguns anos, mas esta época vê o clube passar por dificuldades maiores sendo, neste momento, a lanterna vermelha do campeonato, situação com que há muito os homens de Chã de Alecrim não estavam familiarizados.
Ao NN, Nhá Cabra aponta que nesta época as coisas não estão a correr lá muito bem. “Mas estamo-nos a preparar para darmos a volta à situação. Tivemos vários contratempos na primeira volta devido a lesões, nalguns jogos a equipa esteve bem e perdemos pela margem mínima entre outros factores. Vamos tentar mudar a nossa atitude e agressividade dentro do campo, para podermos dar a volta à situação”, indica.
Questionado se ainda acredita na permanência, o treinador responde sem hesitar: “Claro, claro ainda temos 21 pontos em disputa. Fazendo as contas, até dá para o título neste momento”. Mas o objectivo, como aponta, passa por garantir imediatamente a permanência sem precisar de ir para a liguilha.
Confrontado com a possibilidade de colocar o lugar à disposição, Nhá Cabra afirma que “não é este o nosso lema, aqui não há isso. O Falcões é o meu clube, por isso, tenho de ir à luta. Lutando de todas as formas.
No início da segunda volta, o clube terá quatro confrontos consecutivos com os potenciais candidatos ao título. Jogos esses que poderão vir a complicar as contas relativamente à manutenção dos homens de Chã de Alecrim. Nhá Cabra não está preocupado com estes jogos e diz que “há já três anos que o clube tem vindo a jogar olhos nos olhos com estes clubes e, vou mentalizar os meus jogadores sobre a importância de lutarmos nestes jogos, porque necessitamos de pontos. Trabalhamos todos os dias e tento mentalizar os meus jogadores sobre os aspectos que têm de melhorar para conseguirmos rapidamente a permanência”, realça.
O treinador dos homens de Chã de Alecrim tece duras críticas ao trabalho levado a cabo até ao momento por parte do Concelho de Arbitragem e das arbitragens em si, nesta época aqui em São Vicente. Classificando-o como o pior ano que já viu na ilha, apontando que a sua equipa tem sido alvo de vários erros por parte dos árbitros.
“Devem analisar este tema porque todas equipas estão a ser prejudicadas. Até ao momento, os árbitros não têm dialogado nos jogos seja com os jogadores seja com os treinadores o que é complicado. Tem de haver respeito por parte dos jogadores é claro, mas os árbitros têm de dialogar. Acho que estão desorganizados nesta época, porque não se sabe quem está à frente deste Concelho aqui em São Vicente. Penso que há somente uma pessoa à frente do Concelho de Arbitragem o que é muito mau, porque não há uma avaliação feita aos árbitros e em vários aspectos estão aquém do esperado”, atira.
O treinador refere ainda que o nível do futebol da ilha está num nível muito alto, mas a arbitragem está fraca, sugerindo que devem arranjar pessoas que conhecem a área e o futebol em si para o Concelho de Arbitragem. Aponta ainda que esta época ainda não houve nenhum encontro entre os clubes e o Concelho de Disciplina.