Direcção Nacional da Saúde reforça capacidade técnica de 78 profissionais no atendimento à LGBTQIA+

19/09/2023 15:05 - Modificado em 19/09/2023 15:05

etenta e oito profissionais de saúde, entre enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, iniciaram hoje uma formação intensiva de dois dias destinada ao reforço da capacidade técnica e interventiva no atendimento às pessoas da comunidade LGBTQIA +.

A formação, promovida pela Direcção Nacional da Saúde, através do Programa Nacional de Saúde Sexual e Reprodutiva em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) pretende, de acordo com Ângela Gomes, adequar os serviços e os cuidados de saúde aos diferentes grupos sociais.

Conforme lembrou a directora nacional da Saúde, a Constituição da República consagra o direito de acesso a saúde a todos, o que pressupõe, na visão do Governo, a adopção de políticas e medidas orientadas para a temática da sexualidade e do género e que, principalmente, atenda a cobertura universal da agenda 2030.

“Porque é necessário dotar os profissionais de saúde de ferramentas e conhecimentos que aumente o acesso aos cuidados e elimine os estigmas e preconceitos, e, sobretudo, que os profissionais tenham a capacidade de dar melhor resposta e de forma integral a pessoa humana independentemente da sua condição”, explicou.

Ângela Gomes avançou que no total fala-se de 78 profissionais de diversas áreas não apenas do sistema público de saúde, mas também das organizações não-governamentais (ONG) que, de uma forma directa ou indirecta, têm contacto com o grupo de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queer, Intersexuais, Assexuais e demais orientações sexuais e de género (LGBTQIA+).

Muito embora os profissionais de saúde deveriam atender a todas as pessoas de forma “humana e respeitosa” por ser um direito assegurado na lei, esta é uma realidade que passa distante da comunidade que relatam as dificuldades quando procuram as estruturas de saúde.

Quando questionada sobre a problemática, a directora nacional de Saúde garantiu que ainda que não haja registos específicos “vivemos numa sociedade diversificada com diferenças de atendimentos” e nisso, têm se mostrado focados na eliminação desta barreira que tanto tem afectado a comunidade.

“Estamos a investir nesta formação juntamente com os parceiros para poder aumentar a nossa cobertura a nível universal de saúde” disse, ponderando-se tratar de um processo e que já existem políticas integradas em planos maiores que especificam determinados cuidados a essas pessoas.

“Esta é a nossa responsabilidade, dotar as estruturas de saúde de ferramentas que quebrem as barreiras que poderão existir no acesso aos cuidados de saúde” indicou Ângela Gomes, sublinhando, que embora há números significativos de atendimentos nas estruturas de saúde, acredita o factor estigma continua a contribuir para a redução na procura de assistência nas estruturas de saúde.

Inforpress/Fim

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