Manuel Valls ameaça islamistas radicais com a expulsão do país após inaugurar a mesquita com a maior sala de orações em França.
“Não hesitarei expulsar aqueles que reclamam o Islão [para a França] e que representam um ameaça grave à ordem pública, nem os estrangeiros que, dentro do nosso país, não respeitarem as nossas leis e os nossos valores”, assegurou o ministro do Interior francês, o socialista Manuel Valls.
“Os defensores do ódio e do obscurantismo que não querem aceitar os nossos valores e as nossas instituições, e tampouco os direitos das mulheres, não têm lugar na República”, continuou o ministro francês, católico assumido e defensor do secularismo.
Numa nota mais positiva, embora com um tom assertivo, Valls acrescentou que “o racismo e o fundamentalismo não são parte do Islão, e a sabedoria dos responsáveis de culto muçulmano, e o discernimento e a maturidade têm de estar presentes nos muçulmanos a viver em França”.
A inauguração da mesquita de Estrasburgo acontece no contexto de revolta generalizada no mundo muçulmano contra um filme americano alojado no YouTube, “Innocence of Muslims”, que mostrava o profeta Maomé como um homem mulherengo, pedófilo e homossexual.
Em França, o semanário satírico Charlie Hebdo desta semana tem duas capas: uma “normal” e outra “responsável”. Esta estratégia serve como provocação por parte do semanário francês, cujas instalações foram bombardeadas em 2011 após esta publicação ter voltado a publicar os polémicos cartoons do profeta Maomé com uma bomba no turbante.
jn.pt