Os enfermeiros do centro de diálise do Hospital Agostinho Neto vão estar em greve durante os dias 14 e 15 de Fevereiro. Numa entrevista concedida à RCV, a direcção do hospital acredita que não há razões para a greve e argumenta que as reivindicações não têm enquadramento legal e que violam gravemente a legislação.
Júlio Andrade afirma que já foi pedido aos enfermeiros que apresentassem os serviços mínimos, mas acredita que o hospital está em condições de dar resposta aos utentes que procurarem o serviço.
O responsável do hospital fala das dificuldades de negociação e avança que um dos negociadores estava ao mesmo tempo a representar os sindicatos, os enfermeiros e a própria pessoa. Por isso, foi mais complicado encontrar uma solução equilibrada para ambos os lados. “Tivemos a preocupação de tentar mediar a situação através da Direcção-Geral do Trabalho e foram aconselhados que deveriam rever a sua posição”. Mas, como finaliza, o grupo achou por bem partir para a greve.
O mesmo refere ainda de situações encontradas no hospital no centro de diálise. “Encontramos esta situação à noite: três a quatro enfermeiros de vela mas que estavam em casa a dormir. No domingo, todos estavam a trabalhar na escala mas, na prática, estavam em casa. Fazem uma escala real de trabalho e uma escala para receberem o ordenado”. Neste sentido, pede que venham trabalhar mas, no hospital.