O Presidente Barack Obama, usou o seu discurso anual nas Nações Unidas, que se reúne esta terça-feira em Assembleia Geral, para avisar o Irão de que os Estados Unidos farão o que for preciso para impedir o regime de Teerão de criar armamento nuclear.
Obama disse que o “tempo não é ilimitado” no que toca a encontrar soluções diplomáticas para deter o programa atómico iraniano. E sublinhou que o seu Governo “fará o que tiver que fazer” para deter Teerão.
Com estas declarações o Presidente deu eco às preocupações expressas por Israel sobre a determinação com que Washington se empenha nesta questão, avaliam os analistas – muito embora não tenha definido uma linha que o Irão não deve ultrapassar, como pedira o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
“Um Irão dotado de armas nucleares não é algo que possa ser contido. Tal constituirá uma ameaça de eliminação de Israel, e um risco para a segurança dos países do golfo e para a estabilidade da economia mundial”, foi o avisos de Obama que, a seis semanas das eleições presidenciais nos Estados Unidos, também quis contra-atacar as críticas à sua política externa feitas pelo seu rival republicano, Mitt Romney.
Na intervenção na Assembleia Geral o Presidente dos EUA apelou aos líderes mundiais para formarem com Washington uma “frente unida” contra o extremismo, para evitar ataques como aquele em que foi morto, na Líbia, o embaixador dos Estados Unidos e três outros funcionários diplomáticos.
Os distúrbios no Médio Oriente deverão dominar os discursos em Nova Iorque. Obama referiu-se ao filme que originou esta vaga de violência dizendo que “não há palavras que justifiquem a matança de inocentes”.
jn.pt