Depois de finalizar a sua primeira produção, em 2015, a produtora OSGA FILMES traz este ano, a sua segunda produção, com antestreia marcada para hoje, 27 Janeiro, sexta-feira, no cinema da Universidade do Mindelo, São Vicente.
Depois de alguns meses de trabalho, a produtora natural de São Vicente apresenta o seu segundo filme, “Mor”, a partir do guião intitulado “Jogo Perigoso”, de Suzilene Andrade de 22 anos, que escreveu o texto para uma disciplina do curso de Ciências da Comunicação, Multimédia.
A curta-metragem trata-se de um drama romântico gravado entre São Vicente e Santo Antão, com três atores no elenco. O drama envolve um triângulo amoroso, que acaba mal.
Produzido pela produtora Osga Filmes, que estreou em 2015, com uma curta-metragem de ficção, “A Boneca”, sob a direcção de Neu Lopes e, que se estreou em Dezembro do mesmo ano, a produtora volta a carga com mais um trabalho, sob a direcção do mesmo realizador.
“Foram dez dias de gravação, estendido por três meses, cronograma irregular pelo orçamento reduzido do filme, que só foi possível seguir em frente devido a ajuda de amigos, já que sem essa ajuda não era possível”, disse Neu Lopes, numa entrevista à jornalista Matilde Dias.
Este realça ainda que fazer cinema em São Vicente, não é fácil, já que no país, a sétima arte, não dá dinheiro, “é simplesmente o amor que nos move”.
Baseado no guião original “Jogo Perigoso”, de Suzilene Andrade. Esta conta que a ideia de criar o texto surgiu na cadeira de guionismo do curso de Ciências da Comunicação, onde teria de criar um guião a partir de uma música sugerida pelo professor. Diz que no seu entender a música pedia amor, mas pedia dor ao mesmo tempo. “Sofrimento e no mais extremo dos extremos, morte, de qualquer coisa ou pessoa” refere.
Conta que para criar o texto teve que se meter numa confusão de como incluir tudo isso numa história, que a princípio, não se transforma num guião. “Fui beber em histórias de pessoas, observar comportamentos de pessoas e como muitas vezes os relacionamentos são conduzidos, na base do amor/posse. “E como mal entendidos podem gerar conflitos e levar a consequências extremas, porque nem tudo que parece a olhos nus aconteceu ou acontece”, explica a jovem autora.
Acrescenta ainda, que “nesta confusão” de ideias chegou, na história final que é o “jogo que é a vida”. E tendo como o trio como o tema central da história.
Questionada sobre como foi o processo de transformar a história num guião e a sua consequente adaptação as telas, se seguiu o processo de produção e opinou, Andrade responde que muitas mudanças aconteceram durante a adaptação, umas com o seu conhecimento e outras não, mas de forma geral acompanhou todo o processo de produção da obra para o cinema.
Ressalva ainda que a historia desvia um pouco da original, o que a incomodou no inicio, apesar de algumas alterações feitas para melhor, mas hoje, releva. Porque acredita, que o realizador conseguiu captar a essência da sua obra, e isso é importante para qualquer adaptação, embora ainda não tenha visto o filme.
Diz-se expectante com o produto final, já que não foi possível acompanhar a pós produção, mas acredita no pessoal envolvido. “Têm garra e atrevimento, no melhor sentido da palavra”.
“Creio que poderemos ter um óptimo produto final”, frisa.
O filme conta com a interpretação de, Ricardo Lopes, Ana Azevedo e Christy Reis, com a produção de Suzilene Andrade, Didier Tédesco, Mya Almeida. Conta ainda com a produção executiva de Didier Tédesco, Mya Almeida, direção artística: Mya Almeida. Caraterização, Letícia Pereira, Direção de Fotografia: Helder Doca, Música Original: Helder Doca, Som Direto: David Medina, Edição de som: Neu Lopes e David Medina, Edição e Pós-Produção: Neu Lopes, Banda Sonora: Helder Doca e Neu Lopes, Guião: Suzilene Andrade e Realização: Neu Lopes