O Governo prometeu tudo fazer para que as famílias tenham uma pensão e acredita ser um direito. “O problema é que há um processo judicial e se for necessário remover empecilhos jurídicos ou legais, o Governo dará as devidas alterações legais para que as famílias possam ter direito às indemnizações e à pensão”, garante Elísio Freire, Ministro da Presidência do Conselho de Ministros.
Há muito que os familiares das vítimas do Navio Vicente aguardam por soluções por parte do Governo. Os mesmos acusaram o Governo de descaso e abandono. Dois anos se passaram e os familiares continuam a viver momentos difíceis.
Que medidas tem o novo Governo para resolver a situação das vítimas? Eis a questão colocada pelos sobreviventes e familiares das vítimas do naufrágio do Navio Vicente. Com a entrada do novo Governo liderado por Ulisses Correia e Silva, os lesados questionam medidas para resolver o problema que há muito aflige os familiares e sobreviventes.
Os familiares das vítimas do naufrágio interpuseram uma acção judicial contra o Estado de Cabo Verde e o armador do navio, no sentido de verem reconhecidos os seus direitos. Entretanto, o armador acabou por falecer em Agosto passado sem que o processo tivesse tido desfecho.
Após dois anos de espera, o actual Governo veio reafirmar o compromisso de atribuir uma pensão e indemnizações às famílias das pessoas que perderam a vida. O Presidente do Conselho de Ministros, Elísio Freire, assegura a vontade do Governo liderado por Ulisses Correia e Silva de atribuir pensões aos familiares das vítimas.
O Governo tudo fará para que as famílias tenham uma pensão, garante Freire, afirmando que “se for necessário remover empecilhos jurídicos ou legais, o Governo dará as devidas alterações legais para que as famílias possam ter direito às indemnizações e à pensão”.
O dia 08 de Janeiro de 2015 marcou para sempre e de forma negativa todo o País. Crianças, maridos e esposas ficaram órfãs e viúvos/viúvas, pais ficaram sem os filhos na sequência do afundamento do Navio Vicente no Porto do Vale dos Cavaleiros, ilha Fogo, com 26 passageiros a bordo, tendo morrido quinze pessoas. Apesar do tempo, a tristeza e a revolta permanecem ainda no seio dos familiares.
Conforme um dos relatórios apresentados, “são famílias que vivem em situação de grande fragilidade económica e que dependiam directamente do ordenado das vítimas para subsistirem. Com a perda do familiar, ficaram expostas a situações de pobreza extrema”.