Governo quer Nação Digital com cobertura em 60 % até 2026 e 80 % em 2040

10/09/2023 20:24 - Modificado em 10/09/2023 20:24

O vice-primeiro-ministro assegurou hoje que a meta para uma Nação “verdadeiramente digital” é ter os serviços públicos prestados de forma remota e digital até 2026 em 60 por cento (%) e até 2040 superior a 80 %.

Olavo Correia, que fala à imprensa, minutos antes de dissertar sobre o tema “Digitalização e a Inteligência Artificial”, na Cidade da Praia, no âmbito da reunião da Internacional Democrata do Centro África (IDC-África), garantiu que esta ambição visa ainda “turbinar a economia cabo-verdiana” através do combate à burocracia e aceleração dos serviços prestados.

“A ambição de Cabo Verde é trabalharmos para fazermos deste país uma nação digital em que os serviços públicos e não só podem ser prestados de forma remota e digitalizada para que os cidadãos possam aceder de qualquer parte do mundo, mas também a qualquer hora do dia”, reforçou o também ministro da Economia Digital.

Conforme Olavo Correia, a ambição de uma Nação “verdadeiramente digital e ancorado em informação” vai ajudar o Estado a utilizar informações para melhor desenhar as políticas públicas no sector da educação, saúde, segurança, financiamento da própria economia e da criação de empregos.

Sublinhou ainda que o Governo está a olhar em relação ao futuro de forma a que a economia seja “cada vez mais ancorada a dados e a inteligência artificial”, permitindo a sua utilização, através de máquinas, para que os cidadãos possam ter uma vida melhor e para que os serviços sejam “melhor prestados” e com “melhor segurança e qualidade”.

“Isso implica uma visão coordenada, uma liderança e ambição para lá chegarmos. Temos estado a trabalhar, mas temos de dar um salto em relação a esta matéria, pelo que este debate vai ser importante para podermos fazer um ponto de situação sobre onde estamos e depois como acelerar a agenda de transformação para que Cabo Verde possa ser uma Nação Digital e colocar a inteligência artificial ao serviço dos cidadãos”, acrescentou.

Apesar dessa ambição, Olavo Correia avançou que a mensagem fundamental nesta matéria é que os humanos não se transformam em “seres escravos do digital ou da inteligência artificial”.

As tecnologias, reforçou, devem estar ao serviço dos cidadãos, da cidadania, da economia, do emprego, mas também da “dignidade da pessoa humana”.

Confrontado com a capacidade do País para o salto que se quer nesta matéria, o governante afirmou que para isso Cabo Verde terá de montar um sistema ancorado em infra-estruturas de “grande porte e qualidade”.

“Temos a responsabilidade de modernizar as infraestruturas para dar resposta às demandas, ter um bom quadro legal de suporte para garantir a continuidade do serviço e a proteção dos ataques que possam surgir do país ou do exterior”, explicou.

Além disso, reforçou a necessidade de se investir na qualificação dos recursos humanos para que estes possam estar preparados para prestar o serviço que se quer no futuro.

A conferência sobre a Digitalização e Inteligência Artificial, além do orador principal, que era Olavo Correia, contou com as contribuições dos oradores Eline Chivot, consultor senior em políticas digitais, Hélio Varela, fundador da NOSI, e Alejandro Peña, que falou sobre a digitalização e fraude eleitoral.

Inforpress

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