A nova equipa camarária do Concelho de Santa Catarina do Fogo, diz que o legado deixado pelo Presidente cessante é preocupante e para poder iniciar os trabalhos de forma segura é necessário que haja uma inspecção à instituição de forma a deixar bem claro os casos duvidosos, como a atribuição de terrenos no período pré-campanha, campanha e antes da tomada de posse da nova equipa.
O novo Presidente da Câmara do Concelho, Alberto Nunes diz também que a anterior administração deixou os cofres da instituição praticamente vazios e os ficheiros produzidos ao longo dos últimos anos foram apagados.
Criticou também a atitude do ex-Presidente que viajou na véspera da tomada de posse, sem ter terminado o processo. Para Nunes, esta é uma atitude de alguém que não soube reconhecer a derrota ou que tem muito a esconder e, como sempre, pensou em si e na sua família ao “fazer um levantamento total do subsídio de reintegração e mandar pagar o do segundo homem da Câmara bem como compensar o Secretário Municipal, Secretário do Presidente e o seu condutor, deixando os cofres do Município vazios, isto é, com apenas a parte do dinheiro de alguns contratos programa”.
“Atribuiu dezenas de lotes por aforamento no período pré-campanha, campanha e após as eleições, violando grosseiramente o código eleitoral. Neste caso, a actual Câmara considera nulas essas doações ilegais e vai chamar cada um desses munícipes no sentido de montar um modelo que respeite as leis municipais e da república”.
Acusa também o Vice-presidente de usar a estrutura municipal como sede de campanha do PAICV.
Este assegura ainda que não existe nenhum tipo de registo que prove a existência de donativos destinados a Chã das Caldeiras: apenas dois televisores e nenhum dinheiro. Há ainda o caso de contratos de serviço inexistentes e funcionárias da Câmara que trabalhavam como domésticas na casa do ex-edil.