Pescadores e peixeiras que frequentam o cais de pesca do Porto da Praia consideram que a falta de um mercado do peixe lhes tem dificultado o trabalho e a vida. A falta de condições obriga-os a fazer o trabalho em lugares impróprios, no chão, em cima de pedras ou em pedaços de papelão. Por isso, querem a criação de um espaço condigno para trabalharem
Os operadores de pesca do Porto da Praia têm enfrentado várias dificuldades na comercialização do pescado. Por isso, defendem a criação de um Mercado do peixe para servir não só os pescadores e peixeiras, mas também a própria comunidade que, certamente, se sentirá mais segura ao comprar um produto em melhores condições de higiene.
Em reacção ao NN, as peixeiras mostraram-se preocupadas com a situação que consideram de “desleixo” por parte das autoridades, uma vez que as reivindicações são muito antigas e, apesar da luta da Associação dos Pescadores e Peixeiras, as autoridades nada fizeram para resolver o problema.
Quem se diz preocupado com a situação é o Presidente da Associação dos Pescadores, Rafael Menezes, pois afirma que a falta de meios para conservar o pescado tem trazido vários prejuízos aos pescadores e peixeiras.
O responsável diz que o mercado do peixe é uma promessa antiga do Governo do PAICV, por isso, solicita ao actual governante a resolução do problema a fim de proporcionar um espaço com condições de trabalho e higiene.
Maria Alice, uma das peixeiras formadas em higiene alimentar diz-se preocupada com a situação, pois não há quaisquer condições de trabalho: a falta de higiene é a principal preocupação, por isso, apelou à atenção das autoridades.
Idalina acrescenta que para além da construção de um Mercado do peixe, a atribuição de arcas e malas poderia ajudar na conservação dos seus produtos.
Revoltados com o que consideram de “abandono dos mais fracos”, alguns dos pescadores incrédulos na resolução do problema, recusaram prestar declarações afirmando estarem cansados de reclamar, pois não vale a pena fazer outras reivindicações, uma vez que nunca são ouvidos. “O Governo não se preocupa em construir um mercado porque não são eles que trabalham aqui”.