Cabo Verde precisa adoptar um novo sistema educativo, um que se adeqúe à nossa realidade, porque o que temos é um ensino importado. A afirmação é do candidato a Presidente da República, Joaquim Monteiro, que também já foi docente.
De acordo com o candidato natural da ilha de Santo Antão, ilha onde leccionou e foi promotor do ensino na década de 60, é preciso reavaliar o ensino nacional. Porque considera que como as coisas estão actualmente, “com um exército de pessoas intitulados de doutores no desemprego”, o futuro afigura-se triste a nível do ensino.
Portanto, defende uma reforma do ensino pois, no seu entender, Cabo Verde vai precisar no futuro de escolas profissionais, técnicas e politécnicas, porque tem notado que Cabo Verde tem falta de quadros técnicos e é o operário que acaba por emprestar toda a sua capacidade no desenvolvimento do País.
Este sistema, conforme explica, baseia-se naquilo que tem sido usado nalguns países desenvolvidos como o Luxemburgo que, apesar de todo o seu potencial económico e financeiro tem, no momento, ao que parece, uma universidade.
Diz ainda que até chegar em Santo Antão em 1975 com o intuito de desbloquear o sistema de ensino na ilha, todas as crianças eram obrigadas a deslocar-se até São Vicente para fazerem um exame de admissão obrigatório para entrar no liceu.
Joaquim Monteiro está neste momento na ilha de Santiago a disparar os últimos cartuchos da sua candidatura, que termina esta sexta-feira.
Fale-se a verdade. Ser promotor do ensino privado é ser explicador, como havia ás centenas em todo o Cabo Verde. Quem criou o Externato Liceu de Ribeira Grande foi o Dr. António de Oliveira Lima. O candidato lecionou uns meses.