SIACSA anuncia manifestação de trabalhadores da empresa Atunlo e denuncia possibilidade de despedimentos de cerca de 100 trabalhadores

8/08/2023 12:45 - Modificado em 10/08/2023 19:20


O Sindicato da Indústria, Serviços Gerais, Alimentação, Construção Civil, Agricultura, Segurança Privada e Serviços Marítimos e Portuários (SIACSA) mostra-se apreensivo com a possibilidade de despedimentos de cerca de 100 trabalhadores da empresa Atunlo, em São Vicente. O sindicato anunciou uma manifestação no dia 10 de Agosto, quinta-feira,  em frente a empresa, com passagem pelo Ministério do Mar.

O sindicato denuncia ainda, “arbitrariedades no pagamento do subsídio de produtividade”, assédio moral por parte direcção dos recursos humanos da empresa de conservação e transformação de pescado pelo que, não descarta a possibilidade de se avançar com um pré-aviso de greve, caso a empresa continue a negar-se a negociar. 

Segundo o coordenador do sindicato em São Vicente, Heidy Ganeto de Andrade, foram os próprios trabalhadores que convocaram a manifestação, já que alega, sentem-se sentirem agastados com toda a situação. 

Em  relação ao pagamento de subsídio explica o que tem vindo a acontecer, bem como esta “recusa a sentar à mesa para um diálogo sincero e aberto”.“Antes, quando um funcionário faltava ao trabalho,  a empresa descontava o dia de trabalho e mais um dia no subsídio. Atualmente, para além de perderem o dia de trabalho, ainda perdem 75% do subsídio e se faltarem dois dias perdem todo o subsídio”, algo que o sindicato considera irregular, tendo em conta que trabalharam para isso, defende Heidy Ganeto.

E exemplifica. “Por exemplo, o funcionário cumpre a media para receber o subsidio, oito mil escudos, e se der uma falta perde 75% daquilo que trabalhou e se faltar dois dias, perde todo o montante”.

Para Ganeto, a empresa deveria negociar este desconto, de uma forma mais justa, contudo, afirma que recusam-se a sentar-se com os trabalhadores e seus representantes e isso tem causado alguma revolta. “Já levamos o assunto à Inspeção de Trabalho e estão a fazer braços de ferro. E os trabalhadores decidiram avançar com a manifestação”.

Denúncia ainda assédio moral por parte da direção dos recursos humanos e de uma enfermeira que trabalha no  local. “Fomos informados pelas funcionárias que quando o RH recebe alguma nota do sindicato, desde para o local de produção, numa clara tentativa de intimidar o pessoal e isso é ilegal”, apontou este sindicalista, que pede respeito aos trabalhadores, bem como a demissão da directora.

Sobre o protesto que terá passagem em frente ao Ministério do Mar, na Avenida Marginal, São Vicente, Heydi de Andrade, diz que isso vai de encontro com a posição do ministro Abraão Vicente, que não obstante em ter conhecimento da situação, acusou o sindicato de falar inverdades.

“O ministro foi infeliz nas suas afirmações e reprovamos estas afirmações”, declarou o sindicalista que voltou a reafirmar que no decorrer do mês de julho, foram despedidos cerca de 30 seguranças e 11 funcionárias da Frescomar, que recusaram a concordar com a redução dos seus salários e subsídios. 

Elvis Carvalho 

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