Dezasseis meses após a erupção vulcânica na ilha do Fogo, os deslocados de Chã das Caldeiras em Monte Grande questionam o método de selecção e a prioridade na reabilitação das moradias. Conforme explicam, estão a viver numa situação precária.
De acordo com uma moradora de Chã das Caldeiras a situação em que vivem é bastante precária. Audilha Montrond e a sua família de mais cinco elementos vivem em Monte Grande desde a erupção vulcânica de 2014.
De acordo com a deslocada de Chã das Caldeiras, segundo a RCV, a casa não tem as mínimas condições e conta ainda que durante a época das chuvas a situação é desastrosa.
Por isso, desde que começaram as obras de requalificação cresceu junto de dona Audilha a esperança de ter uma casa com melhores condições, conforme havia sido anunciado, consistindo na substituição de tectos, na ampliação de quartos conforme o número do agregado familiar, na construção da casa de banho e da cozinha.
Mas isso não aconteceu e, sendo assim, a moradora questiona qual o método de selecção e a prioridade na reabilitação das moradias, visto que existem pessoas que moram na zona desde a década de noventa e que estão a receber nas suas moradias obras de requalificação e ela não.
Dilce e outras 17 pessoas entre os quais várias crianças vivem também na zona e segundo a mesma, foi improvisado um compartimento com alguns materiais aproveitados da antiga moradia para acolher da melhor forma os outros membros, porque a sua residência ainda não recebeu as ditas obras de requalificação.
Para além da precariedade das moradias, a falta de água domiciliária e de casas de banho são outro problema que continua a afectar a maior parte dos deslocados.
O Gabinete de Reconstrução do Fogo prometeu reagir brevemente sobre esta situação.