O arresto do Boeing 737 dos TACV, no Sábado, num aeroporto da Holanda para o pagamento de dívidas da transportadora a fornecedores está no centro da pré- campanha eleitoral. Tanto a UCID como o MpD responsabilizam o governo por essa situação e o PAICV sai em defesa do Governo . Janira Hopffer Almada admitiu as dívidas, mas assegurou que o Governo está a trabalhar para que possam ser pagas e a situação ultrapassada “o mais brevemente possível”.
Os partidos da oposição em Cabo Verde responsabilizaram hoje o Governo pela retenção de um avião da TACV na Holanda por alegadas dívidas a fornecedores, enquanto o PAICV garantiu que o executivo está a trabalhar para solucionar o problema. O presidente do MpD Ulisses Correia e Silva, considerou o sucedido grave, mas previsível “A situação dos TACV é grave e tem como responsável direto o Governo (…) que foi colocar na presidência da administração, por motivos políticos e partidários, um membro da comissão política do PAICV, em detrimento da capacidade e competência”.
Por seu lado, o líder da União Cabo-verdiana e Democrática (UCID), António Monteiro considerou a situação grave e vergonhosa.”Quando as dívidas da companhia chegam ao ponto de se arrestar o avião, é uma situação grave e vergonhosa, e gostaria de ver uma reação muito rápida do Governo, que tem a responsabilidade direta nessa situação, para limpar a imagem de Cabo Verde”.
A administração dos TACV remeteu para segunda-feira explicações sobre o arresto do avião.
Segundo a publicação ‘online’ “Cabo Verde Direto”, o Boeing 737-800 da TACV terá sido arrestado na tarde de sábado, no aeroporto de Roterdão, quando um representante do Ministério Público e agentes da polícia entraram a bordo.
Segundo o mesmo jornal, foi ordenada a evacuação e selagem do aparelho e a tripulação terá sido informada de que o motivo do arresto estava relacionado com dívidas da empresa a fornecedores.
A TACV tem enfrentado vários problemas financeiros, com o acumular de dívidas, cancelamentos e atrasos nos voos.
No final do ano esteve suspensa da câmara de pagamentos da Associação Internacional dos Transportes Aéreos (IATA) e em consequência teve que passar a fazer todos os pagamentos a pronto ou antecipadamente. Foi readmitida na câmara de pagamentos em Janeiro.
Fonte: Lusa
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