Depois de um ano do acidente do navio Vicente que ceifou a vida de quinze pessoas, a esperança dos familiares é quase nula, mas prometem ir à luta. Os familiares pretendem entrar com uma acção judicial contra o armador do navio e o Estado de Cabo Verde.
É com muita tristeza e consternação que os familiares das vítimas do naufrágio recordam o acidente do afundamento do navio Vicente no Porto do Vale dos Cavaleiros, ilha Fogo, com 26 passageiros, tendo morrido quinze pessoas. Passado um ano os familiares nada receberam por parte do armador ou do Estado de Cabo Verde.
Cirilo Cidário, porta-voz dos familiares, diz que o Estado nada fez no sentido de ajudar os familiares a mitigar as suas necessidades, apesar do tempo, a luta vai continuar. Os processos de indemnização, processo de reconhecimento de união de facto e de protecção as crianças órfãos, e declarações de óbito estão sendo preparadas.
Portanto, brevemente será entregue ao Tribunal da Comarca de São Vicente uma acção judicial contra o armador do navio Vicente da companhia Tuninha e o Estado de Cabo Verde.
De acordo com o entrevistado os familiares sentem-se abandonados e desrespeitados, pois, “infelizmente o Governo tem vindo a fugir das suas responsabilidades pelo que deveria estar mais presente e próximo dos familiares das vítimas desde a primeira hora dando-lhes condições para estarem encaminhadas e viverem as suas vidas sem qualquer impedimento.
O porta-voz pede ao Governo, na pessoa dos deputados, governantes que tomem consciência do mal que causaram as pessoas, pois o mesmo entende que foram as pessoas que estiveram à frente do sector não fizeram o trabalho que deveria ser feito, assim o Governo deveria responsabilizar os culpados.