O ano de 2015 foi marcado por vários crimes de sangue, muitos deles com uma violência pouco comum e outros onde vidas foram ceifadas sem um motivo aparente. Pese o número de homicídios em 2015 (6) ter baixado em relação a 2014 (9), continua a ser um balanço negro, enquanto que em 2015 se pintou a Ilha com números que tentaram mostrar que a criminalidade não estava a aumentar ou, ainda, o lavar das mãos das autoridades com responsabilidade na matéria. Isto quando está provado que a retórica e os golpes de ilusionismo da Ministra da Administração Interna não fazem baixar a criminalidade violenta que faz escola no Mindelo.
O primeiro homicídio a registar em 2015 foi o do ex-segurança da SILMAC, Nelson Santos de 26 anos. O jovem foi assassinado no passado mês de Fevereiro. Nelson encontrou a morte nas mãos do jovem Hernâni Barbosa de 19 anos. O jovem terá deferido golpes de arma branca no pescoço da vítima causando-lhe a morte. O suspeito encontra-se em prisão preventiva desde a data dos factos.
Em Junho, Tiago Almeida de 18 anos, foi assassinado ao ter sido atingido com um golpe de um objecto cortante no pescoço que lhe cortou a veia jugular. O agressor é um jovem de 16 anos que foi detido pela PN em flagrante delito.
O juiz da Comarca de São Vicente acabou por colocar em prisão preventiva o homicida confesso conhecido por “Maky”. Outros dois indivíduos que acompanhavam o agressor ficaram sob TIR, Termo de Identidade e Residência.
Em Agosto, o empresário Raul Dias foi assassinado à facada pelo empregado. O suspeito que trabalhava para a vítima teve uma discussão com o patrão e acabou por atingi-lo com uma faca.
Ainda no mesmo mês, um indivíduo ficou em prisão preventiva por ter atirado uma pedra com cerca de seis quilos, à cabeça de um jovem residente na zona de Ribeira Bote.
No mês de Novembro, mais dois indivíduos perderam a vida na sequência de desentendimentos. Uma das vítimas com cerca de 50 anos morreu na sequência de um desentendimento com um vizinho que lhe desferiu uma pedrada na cabeça.
A vítima conhecida por “Dicha”, foi conduzida ao hospital mas acabou por falecer no dia seguinte. O último caso de homicídio foi o do jovem Rudnei, de 18 anos, baleado por um agente da Polícia Nacional na zona da Ribeira de Julião. O agressor ficou sob TIR.