As obras de revitalização dos estaleiros da ONAVE em São Vicente, financiadas pelo governo com um montante de 17 mil contos, já estão em andamento. O projeto, conduzido pela Associação dos Armadores de Pesca (Apesc), visa aprimorar a funcionalidade do setor pesqueiro, fundamental para a segurança marítima, construção, reparação e manutenção naval.
As intervenções nos estaleiros da ONAVE, que compreendem limpeza e manutenção do espaço, estão sendo conduzidas em resposta ao financiamento concedido pelo Governo de Cabo Verde, que destinou 17 mil contos para a reabilitação do local.
Sob a gestão da Associação dos Armadores de Pesca (Apesc), as obras têm como objetivo essencial proporcionar uma maior funcionalidade ao setor pesqueiro, garantindo, assim, a segurança marítima, além de possibilitar atividades de construção, reparação e manutenção naval.
Em declarações à imprensa, o presidente da Apesc, Suzano Vicente, destacou a relevância desses estaleiros para o setor das pescas e o impacto significativo na economia do país, além da necessidade de preservar esse importante pilar, pois a negligência poderia colocar em perigo todo o segmento pesqueiro, cujo papel é crucial para o desenvolvimento do país.
“Este estaleiro naval é um dos pilares que sustenta o setor das pescas. Se deixarmos este pilar deteriorar, vamos colocar em perigo todo este setor que é extremamente importante para a economia deste país”, alertou Suzano Vicente, em entrevista a rádio pública.
Entre as melhorias planejadas, estão a concertação dos muros para evitar a entrada não autorizada de pessoas, especialmente durante o verão, quando muitos buscam acesso à praia.
A presença de pessoas nessas áreas pode representar riscos às operações e à segurança das pessoas, especialmente quando embarcações estão no local, conforme este responsável.
Para garantir maior segurança e funcionalidade, também serão instaladas iluminação noturna, balneários e um escritório, proporcionando mais comodidade aos trabalhadores e visitantes dos estaleiros.
Além disso, o serviço de alagem, que tem se mostrado perigoso, passará por reparos, incluindo a substituição dos cabos e melhorias no sistema de saneamento básico e tratamento adequado de resíduos sólidos.
O Ministério do Mar, por meio do Fundo Autónomo das Pescas, formalizou recentemente um contrato de prestação de serviços com uma empresa para dar início às obras. Esse contrato engloba a reparação dos muros Norte e Sul, bem como a entrada de cais, e prevê a remoção e transporte de entulhos e arbustos, com valor estimado em 2.148.660$00.
O estaleiro da EX-ONAVE possui uma história rica, tendo sido construído na segunda metade do Século XIX para servir a frota da marinha costeira nacional.
Embora tenha sido desmantelado ao longo do tempo, o estaleiro foi recuperado nos anos 80, com o apoio da cooperação internacional, para atender à frota pesqueira emergente e oferecer os serviços necessários de manutenção.
No entanto, o elevado estado de degradação atual limita suas operações, restringindo-o ao serviço de alagem de embarcações, com sérias dificuldades de funcionalidade e segurança.
NN/RCV