O Banco de Cabo Verde (BCV) inaugurou hoje o seu museu, que vai contar a sua história e a história do dinheiro, com exposições abertas ao público para mostrar as ações e a herança cultural do banco central.
“O objetivo é comunicar ao público as principais missões do Banco de Cabo Verde desde a sua criação, que também se confunde com a data da independência, e que se pretende também ser um espaço inovador de divulgação do conhecimento e também aberto à comunidade”, disse à Lusa Antónia Lopes, administradora pelo pelouro do património do BCV.
O Museu Banco de Cabo Verde, fundado em 02 de junho de 2022, vai ser inaugurado durante a tarde pelo ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, acompanhado do governador Óscar Santos, e vai ter uma exposição permanente com três áreas temáticas, nomeadamente a história do dinheiro, a cronologia e os bancos.
Estarão expostos objetos do dia-a-dia do banco central, como meios para escrever, realizar cálculos, contar notas e moedas, comunicar e autenticar documentos, bem como objetos de tratamento de dinheiro, incluindo cunhos para produzir moedas e notas.
Segundo a administradora, o objetivo é que o público passe a “conhecer melhor” a herança cultural do BCV, criado em 29 de setembro de 1975, mas que vem desde o Banco Nacional Ultramarino.
“O objetivo é preservar e promover o património histórico que também é o património do país, através de um vasto acervo que contempla temas como a história do dinheiro, desde as primeiras formas de pagamento em Cabo Verde e a troca direta”, referiu, dando conta que há peças que e documentos que conta essas histórias.
Para a administradora, o museu representa um espaço de história, educação, cultura e lazer há muito acalentado pelas sucessivas administrações do banco central e pelos colaboradores, em que o primeiro projeto museográfico foi elaborado em 2000, mas que só foi agora possível com a construção da atual sede, no bairro de Achada de Santo António.
“Esse projeto representa muito para o Banco de Cabo Verde em termos de preservação da história económica e financeira de Cabo Verde e que também mostra a importância do sistema financeiro em Cabo Verde”, frisou Lopes nas declarações à Lusa.
A mesma responsável adiantou que o museu vai também representar uma maior abertura à comunidade, em especial aquela em que está inserido – durante a inauguração, atuarão o grupo Tabanca e o grupo Batucadeiras, da Achada de Santo António.
“Essa é a forma que também estamos a encontrar para integrar a comunidade, além de outros projetos que teremos no futuro em termos de educação, de exposições temáticas relacionadas com essa comunidade, que também se relaciona com o desenvolvimento económico em Cabo Verde, nomeadamente através do mar, que também tem sido representado pelo Banco de Cabo Verde através dos diversos temas de notas e moedas”, salientou.
De acordo com a administradora, o museu, que ficará aberto de segunda a sexta-feira, das 08:30 às 16:30, vai contemplar, além da interação física, a interação visual, através das novas tecnologias, bem como a sua integração na rede de museus de Cabo Verde e ter a possibilidade de visitas virtuais.
“Entendemos que a visita presencial a um museu é muito importante e é importante esse instrumento cultural para Cabo Verde, pela temática ímpar no país”, frisou a porta-voz do regulador bancário cabo-verdiano, que faz parte da equipa de criação do museu.
LUSA