O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, confirmou nesta quarta-feira que até ao fim do ano os capacetes azuis irão sair de Timor-Leste, considerando que o exército timorense já está em condições de assegurar a segurança do pequeno país.
Ban Ki-Moon está em Dili para uma visita de dois dias.
A ONU, presente em Timor-Leste desde o referendo sobre a independência realizado em 1999, anunciou a retirada dos cerca de 1300 capacetes azuis até ao fim do ano se nenhuma violência ocorresse nas legislativas de Julho e no período que se seguiu à votação.
A verdade é que alguns protestos, incluindo um que provocou um morto, aconteceram depois do anúncio por parte do partido vencedor, o CNRT (liderado pelo primeiro-ministro Xanana Gusmão), de que não chamaria a Fretilin (segundo mais votado) para a coligação de governo.
Mas, no terreno, a ONU considerou que os tumultos não constituíram “um incidente maior de segurança”.
“A recomendação da nossa equipa de avaliação é a de que Timor-Leste não tem actualmente necessidade de uma força de manutenção de paz”, declarou Ban Ki-moon.
O referendo de 1999 deu a independência a Timor-Leste, até ai ocupado pela Indonésia desde 1975, depois de Portugal ter deixado de ser a potência colonizadora.
A violência cometida pelas milícias pró-indonésias após o referendo provocaram 1400 mortos e levaram à intervenção de uma força militar internacional.
dn.pt