A autópsia realizada no corpo do guarda do Matadouro Municipal, Vává, mostra que morreu devido a um golpe desferido por “um instrumento cortante que lhe atingiu o coração”. Assim caem por terra as declarações de Hipólito no sentido que “perante a sua reacção o colega que estava embriagado fugiu, tropeçou e acabou por espetar nele próprio a faca que usou para lhe agredir.”
A autópsia vem mostrar que o golpe fatal não pode ter sido provocado por uma queda devido a forma como o coração foi atingindo. Hipólito foi apresentado ao juiz no dia 3 de Novembro e este entendeu que ” não existem, ainda, provas resultantes de perícias que mostrem que foi Hipólito que desferiu a facada que matou Vava. Pois, de acordo com as declarações do arguido ele foi atingindo pela vítima com uma facada nas costas e nas mãos .Sustenta que a vitima ao tentar fugir terá tropeçado, caído e espetado a própria faça no estômago. Ao NN Hipólito, antigo pugilista, disse que não estava armado ” sou um desportista, não ando com facas”.
Defende que quando chegou ao trabalho o colega estava embriagado e começou a provoca- lo. ”Eu disse- lhe: rapaz para com insultos e virei as costas para ir embora. Foi quando ele me atingiu com uma facada nas costas, virei-me e defendi-me de outros golpes e acabei ferido na mão direita”. Hipólito assegura que perante a sua reacção o colega estava embriagado fugiu tropeçou e acabou por espetar a faca que usou para lhe agredir.