Após três meses nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro voltou a pisar solo brasileiro

30/03/2023 18:08 - Modificado em 30/03/2023 18:08

No dia em que regressou ao Brasil, após três meses nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro recorreu às redes sociais para dizer que “é muito bom estar de volta” ao país do qual foi presidente.

“É muito bom estar de volta ao Brasil”, escreveu o antigo chefe de Estado, no Twitter, esta quinta-feira.

Na mesma publicação, o ex-presidente do Brasil agradeceu ainda o “carinho” com que foi recebido. “Obrigado a todos pelo carinho e consideração de sempre”, lê-se.

Recorde-se que Bolsonaro deixou hoje Orlando num voo comercial da companhia aérea brasileira Gol, que aterrou em Brasília por volta das 06h49 (10h40 em Lisboa).

À sua espera, no aeroporto, estavam várias pessoas, que entoavam mensagens de apoio, contudo, o ex-chefe de Estado acabou por sair sem cumprimentar os apoiantes, o que, segundo a CNN Brasil, aconteceu porque a Polícia Federal determinou que Bolsonaro não saísse pela área de desembarque, mas sim pela área restrita.

Posteriormente, Bolsonaro dirigiu-se para a sede do Partido Liberal (PL), ao qual o antigo chefe de Estado aderiu para disputar as presidenciais que perdeu contra Lula da Silva, para participar num evento fechado, com a presença de familiares e aliados.

O PL já tinha dito que não estava prevista qualquer declaração do antigo presidente brasileiro.

Bolsonaro havia dito, anteriormente, que regressa ao país para “fazer política”. “Está pré-marcado, para dia 30, pousar em Brasília às 7 horas da manhã. Está quase certo. Voltar com atividade normal. Vou trabalhar com o Partido Liberal. Vamos andar pelo Brasil e fazer política. Afinal de contas, o PL é um grande partido. Nós temos como manter de pé essa bandeira do conservadorismo que levantamos ao longo de quatro anos”, afirmou.

Recorde-se que Jair Bolsonaro, que continua sem reconhecer a sua derrota eleitoral para Lula da Silva, esteve em Orlando, na Flórida, desde 30 de dezembro.

O ex-presidente viajou dois dias antes do fim do seu mandato, quebrando assim a tradição de passar a faixa presidencial para o seu sucessor na Presidência, no caso Lula da Silva, o seu maior adversário político.

De notar que Bolsonaro regressa ao Brasil na véspera de 31 de março, data em que militares celebram o golpe que deu origem à ditadura militar de 1964 a 1985. O antigo chefe de Estado terá que enfrentar as múltiplas investigações abertas contra si.

Entre outras acusações, Bolsonaro é investigado por alegadamente incitar os seus seguidores mais radicais a tentarem um golpe de Estado contra Lula da Silva, em 08 de janeiro, quando seus apoiantes invadiram e destruíram as sedes do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e da Presidência da República, em Brasília.

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