Desvio Caixa Económica em São Vicente: Quatro anos depois, ex-gerente da Caixa Económica começa a cumprir pena de prisão – Tribunal da Relação de Barlavento reduz pena de prisão de 12 para 8 anos
3/07/2023 23:20 - Modificado em 3/07/2023 23:21
Depois de quatro anos a espera da decisão de um recurso interposto ao Tribunal da Relação de Barlavento, o ex-gerente da Caixa Económica em São Vicente, que em 2019 foi condenado a 12 anos de prisão e a pagar uma indemnização de 72 mil contos à Caixa Económica, viu a sua pena ser reduzida para oito anos. O montante da indemnização, contudo, mantém-se.
O ex-subgerente da Caixa Económica de Cabo Verde, no Mindelo, Heriberto Rodrigues, “Bety”, recorde-se, foi condenado no dia 30 de janeiro de 2019 a 12 anos de prisão e a pagar uma indemnização de 72 mil contos à Caixa Económica pelos crimes de abuso de confiança, burla informática e falsificação de documentos bancários.
Ao Notícias do Norte, o advogado João do Rosário, assegurou que o tribunal decidiu o recurso na sexta-feira, 30 e logo no dia seguinte foi conduzido a Cadeia Central da Ribeirinha.Com esta decisão do TRB, Heriberto Rodrigues, não poderá recorrer e terá, conforme o advogado, mesmo que cumprir os oito anos de prisão.
Na decisão da primeira instância, o segundo Juízo Crime do tribunal da Comarca de São Vicente, que proferiu a sentença, considerou ter ficado provado um crime de burla informática, a que condenou o arguido a uma pena de cinco anos e seis meses de prisão, e um outro de abuso de confiança agravado, que também ficou com a mesma moldura penal.
No rol dos crimes que Heriberto Rodrigues estava a ser julgado, o juiz também afirmou ter ficado provado ainda mais um crime de falsificação de documentos continuado a que atribui uma pena de três anos e 10 meses.
João do Rosário diz que o objectivo pretendido era a redução da pena. “Estava à espera de uma pena mais baixa”, disse o advogado, que informou ainda que este poderá, ainda sair mais cedo que o pretendido, tendo em conta que já cumpriu cerca de 9 meses de prisão.
De realçar que Heriberto Rodrigues, estava em liberdade até a saída da nova sentença de recurso, pelo Tribunal da Relação.
Heriberto Rodrigues, que alegadamente mantinha o esquema de desvio de dinheiro desde 2001, foi detectado durante uma inspecção, em 2015, da qual resultou uma investigação policial e que “comprovou ter lesado o banco em cerca de 280 mil euros”, além de “vários clientes” no país e no estrangeiro.
