Lígia Furtado vai requerer o regresso a Universidade Lusófona para prosseguir a sua licenciatura em Direito. A reclusa que estudava a o 2º ano nessa universidade viu a sua matrícula anulada após ser constituída arguida num processo que investigava suspeitas de corrupção na Cadeia de São Vicente. A matrícula de Lígia na Universidade Lusófona foi um das razões que levou o Ministério da Justiça a instaurar uma investigação no presídio.
Na sequência dessa averiguação, a ex-direcção do presídio, e outros dois reclusos foram acusados do crime de corrupção. Mas o processo foi arquivado porque nenhum dos factos que estavam na acusação ficaram provados numa Audiência Contraditória Preliminar.
O NN apurou que o advogado de Lígia Furtado vai entregar um requerimento da direcção da Cadeia de São Vicente, para que a sua constituinte retorne ao curso de Direito na Universidade Lusófona. Isto porque o Tribunal de São vicente mandou arquivar o processo que acusava a reclusa, três agentes prisionais e dois reclusos do crime de corrupção. Manuel Cândido, ex-director do presídio, Graciano Nicolácia e Rute Mendes, membros da direcção e os reclusos Lígia, Zé Pote e José Carlos viram o juiz de instrução criminal arquivar o caso, devido a falta de provas que atestassem o crime que eram acusados
Com este despacho judicial, Lígia demostrou a vontade de continuar a sua licenciatura, que foi anulada pelo MJ em Fevereiro de 2012, na sequência da investigação feita na cadeia da Ribeirinha, a cerca da atribuição de privilégios a determinados reclusos. Porém a reclusa foi absolvida do crime de corrupção activa, por isso requereu que os estudos sejam realizados pela via normal, onde esta passaria a assistir as aulas na universidade, sob medidas de segurança.
Recorde-se que Lígia Furtado frequentava o 2º ano de Direito, em regime de exames, mas que se deslocava a Universidade Lusófona sempre que os professores necessitassem da sua presença. NN sabe que Lígia é tida como um dos melhores alunos do curso de Direito, na ULCV, com uma média a rondar os 18 valores. Factos que foram testemunhados em tribunal, pela responsável dos Recursos Humanos dessa universidade e por um professor que acompanhava os estudos da reclusa.
Sendo Ex-reclusa, não tem nenhum impedimento em frequentar qualquer Universidade ou outra instituição, acho eu.