Mulheres representam a maioria dos agregados familiares em Cabo Verde, revela INE
29/06/2023 16:37 - Modificado em 29/06/2023 16:37
De acordo com os resultados do Inquérito Multiobjectivo Contínuo (IMC-2022), realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em Cabo Verde, as mulheres representam a maioria dos agregados familiares do país, correspondendo a 54,4% do total. A pesquisa também revelou que essa tendência se mantém em todas as áreas de residência, embora com uma diferença menor no meio rural.
O IMC-2022, divulgado recentemente pelo INE, apresentou dados que destacam a representatividade das mulheres nos agregados familiares cabo-verdianos. Dos 147.984 agregados familiares pesquisados, 54,4% eram representados por mulheres. Essa proporção foi observada tanto em áreas urbanas como rurais, embora a diferença tenha sido ligeiramente menor nas zonas rurais.
Em termos de composição dos agregados familiares, 26,4% correspondiam a famílias monoparentais nucleares, compostas apenas pelo representante e pelos filhos/enteados. Já 23,0% eram agregados familiares monoparentais compostos, formados pelo representante, filhos/enteados e outros parentes ou não.
Por outro lado, os agregados familiares representados por homens totalizaram 45,6%, sendo que a maioria desses agregados era do tipo unipessoal, representando 28,2% do total.
No que diz respeito à distribuição da população por sexo, 52,6% eram do sexo feminino e 47,4% do sexo masculino. Além disso, a pesquisa demonstrou que a população cabo-verdiana continua sendo jovem, com cerca de 28,2% do total tendo menos de 15 anos.
Em relação às condições de vida, a pesquisa revelou que a maioria dos agregados familiares reside em alojamentos clássicos (99,4%), sendo 74,4% em moradias independentes e 25,0% em apartamentos. No que se refere ao acesso à eletricidade, a taxa de acesso foi de 91,1% em todo o país, sendo ligeiramente maior nas áreas urbanas (92,1%) em comparação com as áreas rurais (87,5%).
Quanto ao abastecimento de água, 73,8% dos agregados familiares possuíam acesso à rede pública de distribuição de água. No entanto, alguns concelhos apresentaram menor acesso a água canalizada, como São Salvador do Mundo (23,5%), São Domingos (46,8%) e Santa Catarina (47,2%).
Em relação ao saneamento básico, 86,1% dos agregados familiares possuíam sanitas/retretes em seus alojamentos, sendo que 51,7% desses estavam ligados a fossas sépticas e 32,9% à rede pública de esgoto.
No que diz respeito à posse de equipamentos e serviços de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), 84,6% dos agregados familiares possuíam acesso à internet em seus alojamentos.
A pesquisa também mostrou um aumento no acesso aos serviços de televisão por assinatura, que atingiu 35,3% em 2022.
Em termos de conforto dos agregados familiares, a maioria dos cabo-verdianos (56,9%) vivia em agregados com nível de conforto bom, seguido por 38,5% com nível médio de conforto. Por outro lado, os concelhos de São Salvador do Mundo, Santa Cruz e São Domingos apresentaram as maiores proporções de agregados familiares com nível de conforto baixo ou muito baixo.
