Grupo parlamentar do PAICV crítica rutura de medicamentos e pede respostas claras do governo
A deputada Adelsia Almeida, do grupo parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), no parlamento a preocupante rutura de medicamentos nas farmácias e do stock de consumíveis nos hospitais, exigindo respostas claras por parte do governo. Além disso, acusou o governo de estratégia de descapitalização da EMPROFAC visando uma futura privatização.
Na sua declaração política, Adelsia Almeida afirmou que a falta de medicamentos nas farmácias, a falta de stock e consumíveis nos hospitais é preocupante e exigiu respostas ao governo.
“A rutura de medicamentos é real. O que é que podemos fazer? Qual a proposta do governo? No Hospital Batista de Sousa as pessoas estão internadas porque não têm medicamentos no mercado. Isso é muito grave. E temos que ser humanos e falar neste assunto com responsabilidade”, afirmou a deputada.
Além disso, Almeida acusou o governo de estar estrategicamente descapitalizando a Empresa Nacional de Produtos Farmacêuticos (EMPROFAC) com o objetivo de privatizá-la no futuro.
Reagindo , a deputada Isa Gandira, do MpD, enumerou alguns ganhos alcançados no setor da saúde,como a criação do primeiro centro de cuidados intensivos e a aquisição de equipamentos modernos para o Hospital Agostinho Neto, reconhecendo, entretanto, que ainda há muito para ser feito devido aos parcos recursos do país.
“Pela primeira vez, Cabo Verde tem um centro de cuidados intensivos, equipamento da unidade de imagiologia com equipamentos digitais de última geração, aparelho de Raio X no Hospital Agostinho Neto, aparelho TAC, mamografia, centro de diálise equipado”, afirmou a deputada Isa Gandira.
O deputado António Monteiro, da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), destacou a frequente rutura de medicamentos e ressaltou que as pessoas mais vulneráveis são as mais afetadas. Também mencionou problemas no serviço nacional de saúde que precisam ser abordados pelo governo.
” Mas mais do que a rutura destes medicamentos nas farmácias, há um problema das farmácias do estado que devem ser devidamente analisadas porque muitas pessoas com várias carências quando procuram um médico para garantirem a saúde acabam por ter a receita, mas não conseguem ter acesso a estes medicamentos por falta de dinheiro suficiente para comprarem nas farmácias quando há”, afirmou o Deputado António Monteiro.
AC – Estagiária