Os votos contra do MpD atiram por terra a esperança de Santa Maria passar a ser município agora. Elísio Freire, líder parlamentar do MpD , justificou chumbo defendendo que “ o processo foi viciado porquanto as autoridades locais não foram ouvidas, como aliás estipula a Constituição da Republica”.
E conclui dizendo que “é o projecto é um tentativa aproveitamento político do PAICV” por isso o seu partido não deu os votos que seriam necessários para a maioria de dois terços necessária para a aprovação da proposta. Para o PAICV “a criação do Município de Santa Maria está sustentada num estudo realizado pelo Governo que aponta para a sustentabilidade do novo município e que a sua criação não põe em causa a sustentabilidade do Município de Espargos”.
A UCID alinhou com o PAICV no voto favorável e na argumentação “pela primeira vez foram feitos estudos de viabilidade que comprovaram a existência condições reais para criação de um município e não por conveniências políticas“.
Concordo plenamente, Uma ilha como o Sal, não justifica dois Múnicipes.
Discutem outros assuntos mais relevantes, e deixem-se de TACHOS.
TonyJesus(Lisboa)
Parlamento de cabo verde só ta discutidu cuzas qui ca ta favoreci povus, mas sim favoreci proprios deputadus e familiares.Nhos bai toca Punheta e bebi grogu!
Claro! Não podia ser outra coisa. Aqui em Cabo Verde quase que já não há necessidade de especializar pessoas em áreas de estudos importantes para o desenvolvimento do País, pois, a politiquice partidária anda a falar mais alto. Tal foi a criação de novas cidades (!!??) e agora esta outra. O desenvolvimento de Cabo Verde, deve ser visto de forma integrada (sem prejuízo pela importância do poder local existente), com uma gestão séria, coerente, responsável e despartidarizada dos recursos, e nunca com retalhamento do território, em muitos casos com fins puramente políticos. Não é por acaso que o legislador exigiu/exige uma maioria qualificada por uma questão tão delicada quanto é o ordenamento do território/organização do espaço biofísico cabo-verdiano. Se Cabo Verde, no seu todo, possui apenas 4033 km², fazendo parte dos países insulares mais pequenos do Planeta, é escusado falar da representação territorial da Ilha do Sal no contexto nacional (cerca de 5%), tornando-se a penúltima ilha em termos de dimensão (seguida apenas da ilha Brava). Alguns justificaram a infeliz e “politizada” proposta, como resultado de uma aspiração legítima da população do Sal. Não é que se esteja contra essa legitimidade da sua amável população, mas sim o manifestar da necessidade de um estudo TÉCNICO cuidado, aturado e independente sobre a questão. Isto embora se saiba que a tal legitimidade de que se fala, não seja a condição necessária e suficiente para, de forma séria, coerente e responsável, se avançar com o intento. Se assim for, outras zonas e bairros deste pequeno arquipélago do Atlântico, como por exemplo, a Achadinha-Praia, Monte Sossego – S. Vicente, Achada Sto. António-Praia, etc, estariam “no direito legítimo” de solicitar também a sua ascensão ao patamar de Municípios. Convenhamos! Atendendo que o ingrediente atrás mencionado não é o único a ter em conta na divisão/(re)organização do espaço, pode-se comparar o caso em apreço com a ilha de São Vicente que, para além de possuir maior superfície (227 km²), alberga mais do dobro da população do Sal, transformando-se no segundo maior e importante centro populacional de Cabo Verde. Todavia, possui apenas um Município e nem por isso vê constrangimentos de maior no seu desenvolvimento em relação ao todo nacional. Foi lamentável ver individualidades no parlamento, em relação às quais se nutria alguma admiração e consideração, a se embarcarem nesse barco. Da mesma forma, é de se repudiar a chantagem política/partidária que algumas pessoas ou grupos de interesses (que se julgam poderosos) fazem em relação àqueles que têm pretensões de governar este País, onde, felizmente a democracia reina (embora ainda imperfeita). Tecnicamente falando, os 22 Municípios já estão demais para a realidade e potencialidades desta pequena nação e o desenvolvimento de qualquer porção deste território é sim possível, com mudanças de comportamento na governação/gestão de tudo quanto é público e destinado à colectividade.
Para o bem de Cabo Verde.
Sal, pela sua dimensão territorial não justifica a criação de mais um município. É preciso ter em atenção que caso isso ver a efectivar-se, poderemos por em causa a sustentabilidade de Espargos. Poderá ser uma espécie de região “autónomo” na ilha, na medida em que a população de lá é maioritariamente estrangeira e com influência. Existe um grande jogo de interesses com esse espaço geográfico, devido ao seu potencial para o turismo. Existe outras prioridades para o governo neste momento….