O papa Francisco condenou esta segunda-feira “as formas desviantes de religião”, na origem do “trágico massacre” de Paris, em que 17 pessoas foram mortas por ‘jihadistas’ em três ataques diferentes, na semana passada.
O papa, que falava perante membros do corpo diplomático acreditado no Vaticano, acusou também o fundamentalismo de relegar Deus “a um mero pretexto ideológico”. Há “uma cultura que rejeita o outro, e que termina por gerar a violência e a morte. Tivemos um triste eco no (…) trágico massacre ocorrido em Paris. O ser humano torna-se escravo (…) por vezes mesmo de formas desviantes de religião”, declarou. O papa voltou a pedir aos “dirigentes religiosos, políticos e intelectuais, especialmente muçulmanos” que condenem “qualquer interpretação fundamentalista e extremista da religião, que pretenda justificar” a violência.
Francisco lembrou os 132 estudantes que morreram em dezembro, numa escola de Peshawar, no noroeste do Paquistão, num ataque de talibãs. “Quero manifestar novamente o meu pesar às famílias e garantir-lhes que nas minhas orações estão presentes os muitos inocentes que perderam a vida”, disse. O papa pediu à comunidade internacional que una esforços contra a violência e pela defesa da paz.
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