O Presidente da Comissão Política e Concelhia do Movimento para a Democracia de São Vicente, Armindo Gomes, anunciou hoje que apresentou uma queixa e manifestou a intenção de iniciar um procedimento criminal contra Helena Fortes. A acusação baseia-se na alegação de furto e abuso de confiança relacionados ao desaparecimento de cartões de militantes do partido e ao suposto uso indevido de fundos.
Em conferência de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira, 22, Armindo Gomes diz que o caso sucedeu há vários meses, e que só hoje, optou por tornar público uma queixa contra Helena Fortes, membro da Comissão Política e Concelhia do partido.
“Foi feita uma queixa contra o desaparecimento dos cartões na sede e que já é do conhecimento dos órgãos do partido. Infelizmente ninguém se manifestou e nós avançamos com a queixa, que já está formalizada…”, avançou.
Os cartões de militantes do partido desapareceram da sede, e segundo Armindo Soares são cerca de mais de mil cartões desaparecidos.
Segundo o documento da queixa, Helena Fortes admitiu tê-los levado, alegando que os distribuiu aos respectivos titulares. No entanto, alguns militantes afirmam não ter recebido seus cartões, conforme Armindo Soares.
A queixa formal contra Helena Fortes, tem como objetivo responsabilizá-la pelos crimes de furto, conforme previsto no artigo 194º do Código Penal, e abuso de confiança e apropriação de coisa indevida, de acordo com o artigo 203º do mesmo código.
“Consideramos as ações de Helena Fortes como uma quebra de confiança e um desvio dos princípios éticos e morais que o nosso partido defende. Esperamos que a justiça seja feita e que esses atos sejam devidamente apurados”, referiu a comissão.
Ainda nesta conferência de imprensa, Armindo Gomes anunciou a sua intenção de recorrer aos tribunais para contestar uma suposta decisão de realizar eleições concelhias antecipadas, tomada durante a última Convenção Nacional do partido. O presidente do partido que suporto o governo em São Vicnte, afirmou que não sairá do cargo antes do término do seu mandato em 2025, alegando que essa medida seria “ilegal”.
Neste sentido manifestou a sua determinação em contestar a decisão de realizar eleições concelhias antecipadas, supostamente tomadas durante a última Convenção Nacional do partido, realizada em maio.
Embora a comissão política regional ainda não tenha recebido uma comunicação formal sobre a alegada decisão, Armindo Gomes acredita que a informação já tenha sido transmitida aos outros órgãos internos do partido.
Gomes expressou sua indignação diante da situação em questão, enfatizando que a Comissão Política e o povo de São Vicente estão vigilantes diante desses cenários de incerteza política.
Este líder deixou claro que não abrirá mão do direito de buscar as instâncias jurisdicionais do partido e, se necessário, as instâncias judiciais, a fim de restabelecer a legalidade.
“Os Estatutos do partido não estão acima da lei. Que não venham tomar uma decisão na Convenção, que não tem poderes para tal, para dizer que vai haver eleições antecipadas porque eu não perdi o meu mandato. A razão é porque talvez o Dr. Armindo pode incomodar muita gente”, afirmou.
AC – Estagiária