Doentes evacuados esperam e desesperam de tanto aguardar para receberem o subsídio. Há mais de um ano que duas mães aguardam pelo subsídio das filhas menores evacuadas para Portugal a fim de fazerem tratamento.
Maria Soares e Maria Robalo residentes em Santa Cruz, Santiago, são duas mães acompanhantes das filhas menores evacuadas em Portugal para tratamento. As mulheres estão de regresso a Cabo Verde e têm na sua posse declarações da Embaixada de Cabo Verde em Lisboa com os valores dos subsídios a receber, montante esse que deveria ser pago no prazo de quinze dias e que já se arrasta há um ano e as mulheres ainda aguardam para receberem o subsídio.
Para as queixosas, as despesas com medicamentos, transporte, alimentação e, muitas vezes, alojamento, são constantes e dispendiosas, por isso, seria necessário o apoio do Governo, mas estão cansadas de tanto esperar por um subsídio que nunca chega. Enquanto aguardam pelo subsídio carecem de diversas dificuldades.
As queixosas dizem deslocar-se várias vezes ao Ministério da Saúde, mas são reencaminhas para o Ministério das Finanças que está encarregado de tratar do caso e que nada tem feito.
Maria Soares diz, depois de várias lutas e promessas, que aguardam neste momento pela decisão da Ministra e questiona até quando irão esperar ou se o subsídio vai servir para o funeral dos filhos.
“Esta é apenas uma das várias dificuldades enfrentadas pelos doentes cabo-verdianos evacuados na capital portuguesa”, diz Maria Robalo.