INE precisa de três mil milhões de escudos para implementar ENDE 2022-2026 – presidente

14/06/2023 16:43 - Modificado em 14/06/2023 16:43


O Instituto Nacional de Estatística (INE) precisa de três mil milhões de escudos para implementar a Estratégia Nacional de Desenvolvimento da Estatística (ENDE) 2022-2026), disse hoje, João de Pina Cardoso, que considerou as estatísticas como o coração da democracia.

O presidente do INE, que falava à imprensa, à margem do seminário que visa a socialização dos resultados do diagnóstico do Sistema Estatístico Nacional (SEN) para a Estratégia Nacional de Desenvolvimento da Estatística (ENDE) 2022/2026, adiantou ainda que o instituto já conseguiu 51% do financiamento, junto do Estado e organizações internacionais, faltando 49% para ser conseguido.

“Os recursos financeiros para implementar a Estratégia Nacional de Desenvolvimento da Estatística (ENDE) 20222/2026 é um problema, mas, neste momento, já conseguimos cerca de 51% do financiamento, sendo que uma parte vem do Estado e organismos internacionais e temos cerca de 49% de orçamento para conseguir”, afirmou, salientando tratar-se de um desafio “enorme” que esperam alcançar.

Tratando-se o diagnóstico do Sistema Estatístico Nacional (SEN) do principal componente da Estratégia Nacional de Desenvolvimento da Estatística (ENDE), João Cardoso destacou um conjunto de acções a serem desenvolvidos, visando a melhoria e a coordenação do sistema estatístico nacional; o reforço da capacidade humana; melhoria, qualidade e produção de estatísticas, e o reforço de comunicação e difusão do uso das estatísticas oficiais.

Neste sentido, ressaltou que o objectivo estratégico traçado resulta de uma análise feita sobre o diagnóstico referente ao ano 2017/2021, onde foi identificado pontos fracos e fortes, e a partir daí traçado a nova estratégia para o ano 2022/2026.

Avançou ainda que quando se refere à melhoria de coordenação do sistema estatístico nacional está a referir-se à coordenação entre os órgãos produtores oficiais de estatística, visando mais sucessos no futuro.

“O reforço tem a ver com a formação e aproximação aos órgãos delegados. O que vamos fazer no novo plano é reforçar a questão da formação para nos aproximarmos dos serviços”, disse, afirmando que as estatísticas são “os olhos dos decisores políticos”.

Ainda, de acordo com o presidente do INE, os dados fidedignos são uma arma “fundamental” para o desenvolvimento e para a luta contra a pobreza, uma vez que, segundo afirmou, o que “não se pode medir não se pode gerir”.

A ENDE 2022/2026, ressalta, proporciona uma antevisão da evolução do sistema estatístico nacional no prazo de cinco anos e estabelece metas para se atingir o objectivo de inovação.

A actividade estatística oficial no país é desenvolvida pelo Sistema Estatístico Nacional (SEN), composto pelo Conselho Nacional de Estatística e pelos Órgãos Produtores de Estatísticas Oficiais (Instituto Nacional de Estatística, Banco de Cabo Verde e Órgãos Delegados do INE).

A ENDE é o instrumento de planeamento estratégico da actividade estatística oficial de médio prazo no âmbito do SEN, bem como de coordenação de parcerias para a actividade estatística oficial, capaz de garantir adequada previsibilidade dos recursos para a actividade estatística do país.

Inforpress

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