Um robô-origami, inventado por cientistas de Harvard, monta-se sozinho e, em quatro minutos e meio, começa a caminhar. Inspirado na técnica japonesa “origami”, é composto por baterias, um motor e materiais compósitos que se dobram quando aquecidos.
Esta é uma grande conquista para os investigadores que têm perseguido, por muitos anos, uma forma de criar robôs que se montam sozinhos e capazes de desempenhar funções, afirmou Rob Wood, professor de engenharia elétrica no Wyss Institute for Biologically Inspired Engineering, na Universidade de Harvard, e um dos mentores do robô.
Os criadores do projeto confessam que o seu grande sonho é “tornar a fabricação dos robôs rápida e barata”. Assim, os robôs poderiam ser usados para missões de salvamento de pessoas e viagens ao espaço.
O robô-origami custa cerca de 75 euros com tudo incluído ou 15 euros sem motores, baterias e microcontroladores.
O robô é constituído por uma base bidimensional, uma folha de feita de camadas de diferentes materiais, com duas pilhas.
A folha é composta por duas camadas externas de um polímero de “memória”, duas camadas internas de papel e uma de resina artificial.
O polímero de “memória” contrai-se quando é aquecido a mais de 100 graus Celsius, o que define as dobras do robô. A camada de resina central contém um sistema eletrónico com resistências elétricas ao longo de linhas marcadas. São estas resistências que, ao aquecerem, deformam as camadas do polímero de “memória”.
jn.pt