O presidente da ONAD-CV, Emanuel Passos, é candidato à liderança da Organização Regional Antidopagem das Zonas II e III Africana, cuja eleição se realiza hoje na Cidade da Praia durante a XVI reunião desta estrutura.
O presidente da Organização Nacional Antidopagem de Cabo Verde (ONAD-CV) lidera uma lista, considerada de consenso, para assumir a presidência da Organização Regional Antidopagem (ORAD) das Zonas II e III Africana.
Emanuel Passos disse que esta candidatura se justifica precisamente pelo facto de os outros países verem Cabo Verde como uma referência, face ao “grande engajamento deste Governo”.
Dado ao engajamento do executivo, frisou, a ONAD-CV dispõe de um orçamento próprio que permite trabalhar de acordo com o plano de actividade, facilitado com uma forte equipa que sacrifica muito a sua vida pessoal para que o programa nacional antidopagem possa ser cumprido”.
“Se os outros países olham para nós enquanto referência, então decidimos sermos nós a tentar liderar toda a região. Decidimos apresentar a nossa candidatura porque acreditamos que estamos em posição de conseguir uma vitória e liderar toda a Zona II e III d’África”, elucidou Emanuel Passos.
A definição de uma política antidopagem na região afigura-se como uma das prioridades da candidatura de Cabo Verde, já que, “contrariamente a Cabo Verde, nos outros países não existe uma política bem definida”, tendo sublinhado a necessidade de um trabalho de diplomacia muito grande junto dos outros países, de forma a ajudar-lhes na questão da educação e do próprio programa de controlo à dopagem.
Outra grande aposta de Emanuel Passos nesta luta contra o doping, realçou, passa por uma maior presença nos ensinos secundários onde os jovens atletas se encontram, bem como reforçar o programa do controlo a nível do País, para além da introdução do Passaporte Biológico do Atleta (um perfil hematológico e metabólico do atleta) para ser implementado já no próximo mês a nível da sub-região.
Já convicto na sua vitória no escrutínio desta tarde, promete, caso se confirme a vitória, trabalhar em conjunto, com a Agência Mundial Antidopagem e tentar dar o melhor, visando liderar todo o processo nesta sub-região.
Inforpress