International Investment Bank perspectiva que o ano 2023 venha a ser melhor do que o ano transato
9/06/2023 16:54 - Modificado em 9/06/2023 16:54
O International Investment Bank S.A. de Cabo Verde (iibCV) perspectiva que 2023 possa vir a ser ainda melhor do que o ano 2022, entretanto advoga a necessidade de calcular as variáveis de incertezas que estão a fustigar o mercado.
Esta análise foi feita pelo presidente da comissão executiva do International Investment Bank, Francisco Ferreira, que falava à imprensa no final do Business Breakfast iib, realizado hoje na cidade da Praia, visando sobretudo a apresentação dos resultados do iib referentes ao exercício de 2022.
“Efectivamente 2022 traduziu um exercício onde se verificou o melhor resultado da história de forma subsequente ao que já tinha sido o melhor resultado da história anterior em 2021. Nós acreditamos que neste momento do ano em que estamos a executar tem potencial de vir a ser melhor do que 2022, no entanto é preciso calcular as variáveis de incertezas que efectivamente estão a fustigar o mercado”, adiantou.
Isto porque, justificou aquele responsável, o país passa por um contexto em que “as certezas são menores e maiores são as incertezas”, e o iib, como um player de mercado, pode ser afectado por contingências “não previsíveis”.
Porém, ainda assim, referiu Francisco Ferreira, a instituição financeira neste ano, está “40% acima” do ano anterior em termos homólogos, pelo que acredita que venha a ser um ano “bastante bom”.
Por outro lado, referindo à avaliação feita recentemente pela Agência de notação financeira Fitch Ratings, considerou que há um aspecto “bastante relevante” e que pode não ser notado, por vezes, as expectativas de subidas das taxas de juros no mercado cabo-verdiano.
“Eles falam da possibilidade de uma subida adicional 150 pontos bases nos níveis das taxas de juros pelo Banco Central, obviamente isso terá impacto na actividade dos bancos e poderá ter impacto na capacidade das empresas e das famílias fazerem face ao seu serviço da dívida”, enfatizou Francisco Ferreira.
Acrescentou ainda, nesta senda, que se deteriorar a capacidade de as famílias, empresas servirem a dívida, os bancos, por sua vez, serão impactados ao nível da carteira de crédito, o modelo de empregados afectos nos resultados.
“Portanto os sinais são bons, a economia recuperou com isso as perspectivas de uma melhoria rathing estão à vista, no entanto, o contexto trás algumas incertezas que podem impedir esse movimento, então devemos ficar todos cautelosos e a monitorizar como a performance especialmente no segundo semestre se irá verificar”, concretizou o presidente da Comissão Executiva do iib, para quem neste momento, há que consolidar os bons indicadores que estão surgindo, nesta retoma económica.
Relativamente às contas de 2022, socializadas num primeiro momento com a Lusa, o banco fechou o ano com um crescimento de 22,5% no total de activos, ultrapassando os 333,5 milhões de euros, os recursos de clientes (depósitos) cresceram 18,7%, para quase 162 milhões de euros, e o capital próprio cresceu quatro milhões de euros (25,3%) num ano, para 20,3 milhões de euros.
Inforpress/Fim
