Inquérito da morte bebés no HBS: Mindelenses expressam preocupação com a morte de recém-nascidos e esperam mudanças por parte da nova direção

6/06/2023 21:47 - Modificado em 6/06/2023 21:47


A morte dos recém-nascidos no Hospital Batista de Sousa (HBS), em São Vicente tem gerado grande preocupação entre os mindelenses. E o inquérito divulgado esta segunda-feira, o5 de junho pela comissão de inquérito do Ministério da Saúde, que apontou a sepse neonatal tardia como a causa dos óbitos, não apeziguou a situação, alias veio a levantar outras dúvidas. Alguns mindelenses abordados pelo NN destacam a necessidade de solucionar o problema e melhorar os cuidados prestados no hospital.

Alguns sanvicentinos se manifestaram sobre a recente série de mortes de recém-nascidos no Hospital Batista de Sousa em São Vicente.

Após a análise dos documentos, audições e uma visita à neonatologia, a comissão de inquérito do Ministério da Saúde concluiu que os óbitos estavam relacionados à sepse neonatal tardia, uma grave infecção que afeta prematuros e prematuros extremos.

Djessica Almeida, residente em Mindelo, expressou sua preocupação com a origem da infeção no próprio espaço hospitalar. “Acho que, levando em conta aquilo que tenho visto nas notícias e nas redes sociais, o hospital deve resolver esse problema o mais rápido possível para evitar mais casos”, ressaltou a jovem que também destacou a expectativa de melhorias com a nova direção do hospital, visando evitar eventos trágicos como esse no futuro.

Um grupo de senhoras mindelenses que não quiseram se identificar também se pronunciou, manifestando a esperança de que a nova direção traga ideias e estratégias inovadoras para melhorar o serviço prestado. Enfatizaram a importância de rever as altas taxas e redobrar os cuidados na maternidade. “Essa nova direção tem um longo trabalho pela frente”, afirmou uma das senhoras.

Uma mãe, que também preferiu não se identificar, compartilhou suas preocupações em relação à situação do hospital, uma vez que está prestes a se tornar avó. “Até que os bebês completem um ano, muita coisa pode acontecer”, disse.

A mesma mencionou que, embora tenha recebido um bom atendimento quando seu filho nasceu prematuro anos atrás, agora está preocupada com a atual situação. Esta mãe espera que os novos responsáveis tomem as providências necessárias para evitar mais mortes de bebês, além de ressaltar a importância dos profissionais também cumprirem seu papel.

Leila Pereira, moradora em Mindelo, expressou sua preocupação com o alto número de mortes em um curto período de tempo. A entrevistada questionou por que o HBS esperou seis mortes para iniciar o inquérito, afirmando que medidas poderiam ter sido tomadas após, a divulgação dos dois casos.

Leila Pereira ressaltou a confiança abalada dos pais e futuras gestantes e destacou a importância dos profissionais agirem de forma adequada.

Por outro lado, Eufemia Silveira, estudante de psicologia, destacou a sensibilidade dos recém-nascidos, especialmente os prematuros, e enfatizou a necessidade de cuidados redobrados.

A jovem universitária considerou a situação lamentável e defendeu “a humanização dos serviços hospitalares”, além de salientar a importância de um tratamento mais acolhedor e pessoal, visando estabelecer uma maior confiança entre os pacientes e os profissionais de saúde.

Quem destacou que a falta de mudanças na forma de tratamento pode gerar receio nas gestantes, foi Hélio Mota que é de opinião que, se a situação persistir, as pessoas buscarão alternativas, como hospitais privados ou unidades em outras ilhas.

A morte dos recém-nascidos no Hospital Batista de Sousa tem gerado intensa discussão entre a população mindelense, que espera medidas urgentes para solucionar o problema e garantir a segurança e a qualidade dos serviços oferecidos no hospital.

A nova direção, que tomou posse na última sexta-feira, é vista como uma oportunidade para implementar mudanças significativas e humanizar o atendimento, reconquistando a confiança dos pacientes e evitando tragédias semelhantes no futuro.

AC Estagiária

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