Um homem, de 27 anos, foi detido esta quinta-feira nos arredores de Tóquio pela polícia japonesa por posse ilegal de armas de fogo criadas por uma impressora 3D, naquele que é o primeiro caso registado no país.
A operação da polícia foi iniciada em Abril, após a divulgação de um vídeo pelo suspeito onde exibia as armas. Durante buscas à casa de Yoshitomo Imura, funcionário numa universidade japonesa residente em Kawasaki, sul de Tóquio, foram encontradas cinco armas de plástico e uma impressora tridimensional.
Mais tarde foi confirmado que duas das armas tinham capacidade para disparar, mas não foram encontradas balas na residência do suspeito, avança a emissora japonesa NHK. No computador do homem foram encontrados diagramas para construir armas, que terão sido descarregados da Internet
A polícia confirmou que o homem admitiu que usou uma impressora 3D para fabricar as armas mas que o indivíduo pensou que não estava a cometer uma ilegalidade.
Segundo a NHK, o suspeito escreveu vários tweets sobre a posse e fabrico de armas e num post online defendeu que as restrições à posse de armamento é “uma violação dos direitos humanos”.
Há um ano, surgia a notícia de que uma arma de plástico tinha sido feita com uma impressora 3D e que tinha sido disparada com sucesso. O dedo no gatilho era do fundador de uma organização dos EUA chamada Defense Distributed.
Pouco depois surgiram reacções positivas e negativas ao feito, o primeiro do género a ser divulgado, com organizações anti-armas e elementos da classe política norte-americana a condenar este avanço da tecnologia. O Departamento de Estado norte-americano considerou mesmo que as leis de controlo de armas podiam estar em risco e pediu à Defense Distributed que retirasse o ficheiro da sua página online que permitia “imprimir” a arma.
As impressoras 3D criam objectos sobrepondo várias finas camadas de materiais plásticos a partir de dados criados em computador. No Japão, as impressoras tridimensionais são vendidas com preços a partir dos 450 euros.
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